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Bomba em garimpo

por Redação
14/03/2019
em Opinião, Carlos Mendes
Bomba em garimpo

Foto: reprodução

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A utilização de explosivos em garimpo é uma prática perigosa, mas que se mantém há décadas. Na região de Itaituba, onde mais de 300 garimpos atuam na clandestinidade, a compra e venda de dinamite é considerada tão normal que até farmácias atuam nesse tipo de comércio. Não há qualquer controle ou fiscalização.

Crime é “normal”

A Polícia Rodoviária Federal de Santarém, na terça-feira, aprendeu dentro de um ônibus, no km 417 da BR-163 – a rodovia que liga Santarém à Cuiabá -, uma carga com 27 quilos de explosivos. O ônibus foi parado e revistado à altura do distrito de Moraes de Almeida. Nele havia 68 explosivos que eram transportados como “encomenda normal”. O destino: uma farmácia no garimpo do Crepurizão. A polícia civil vai abrir inquérito ou fiscalizar essa explosiva rotina?

Olho nas mineradoras

A vistoria nas barragens do Pará, sobretudo as usadas por mineradoras como Vale, Rio do Norte, Imerys, Alcoa e Hydro, já começou. A primeira região fiscalizada é a Carajás. O grupo de trabalho criado pelo governador Helder Barbalho já está com seus técnicos em Canaã dos Carajás, para a vistoria na barragem do Sossego, que armazena resíduos da extração de cobre. O governo, após as inspeções, pretende elaborar um plano estadual de prevenção a desastres ambientais. Não dá para confiar no que dizem as mineradoras.

Rota de fuga

Para o secretário de estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro Ó ‘de Almeida, a vistoria ajudará a recolher informações necessárias para montar um relatório sobre as condições das barragens. A Defesa Civil tem papel importante no trabalho, porque a ela cabe reunir as comunidades do entorno dos projetos de mineração, discutir alternativas e encontrar rotas de fuga caso ocorra um rompimento. É um “olho na missa e outro no padre”, como diz o jargão popular.

Vai ou racha

Essa Lei Kandir, que há 26 anos deixa o Pará como refém dos poderosos de Brasília, sob uma guilhotina que o faz sangrar e chorar o que dele tomaram em forma de recursos, já deu o que tinha de dar. Porém, ao contrário do que se imagina, ela ainda não está morta. O governador Helder Barbalho começou uma nova rodada de visitas a gabinetes de Brasília, descascando um pepino deixado pelos tucanos. Até dezembro passado, sem correções, a roubalheira tirou do Pará R$ 39 bilhões. As compensações, pífias, não pagam o mal feito.

Velha opressão

Na verdade, essa lenga-lenga envolvendo a Lei Kandir é histórica. E, hoje, também histérica, porque os paraenses arrancam os cabelos, reclamando do atendimento à saúde, a falta de educação e de escolas de qualidade, estradas precárias e insegurança, porque os recursos foram emagrecendo e a madrasta União não compensa as perdas. A lei é federal e ninguém pode mexer nela. Em contrapartida, os cofres do estado recebem bem menos do que deveriam. Injustiça é a palavra.

________________________BASTIDORES________________________

* O sistema de repasse de recursos da União, como compensação pelas perdas decorrentes da Lei Kandir, é cruel com o Pará. Uma das propostas é zerar as perdas em 25 anos, pagando em pequenas parcelas.

* Os estados mais ricos topam, porque suas economias são mais equilibradas. Isso, todavia, não acontece com o Pará, ainda muito dependente de verbas federais.

* Em Brasília, outro assunto na pauta de Helder é a duplicação do trecho paraense da Santarém-Cuiabá. A intenção do governador é acelerar o projeto, aguardado há décadas por toda a população da região oeste.

* Os atoleiros, num percurso de 100 quilômetros ainda sem asfalto, são colossais, principalmente nesta época de inverno amazônico. O governo federal promete concluir o trecho até o final deste ano.

* E não esqueçamos da Ferrovia Norte-Sul e do derrocamento do Pedral do Lourenço, também na pauta de reivindicações. O governo central alega falta de recursos.

* Pensando bem: será que a coisa está tão ruim ou é apenas má vontade com o Pará, como sempre ocorreu?

* Como diz a letra daquela canção bem paraense: norte não é com eme.

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