Em audiência de custódia realizada na tarde de ontem, segunda-feira (1º), o juiz Celso Quim Filho, titular da 1ª Vara Criminal de Parauapebas, homologou a prisão em flagrante de Diógenes dos Santos Samaritano, de 38 anos, e a manteve, sem arbitrar fiança e a convertendo em prisão preventiva. Ele é o principal suspeito pela morte da companheira, Dayse Dyana Sousa e Silva, de 35 anos, ocorrida no último domingo (31).
Na decisão, o magistrado entendeu que a prisão preventiva se dá “em face da necessidade de restaurar a ordem pública, que foi violada em virtude da comoção social, repercussão provocadas pela gravidade do fato, bem como pela reiteração delitiva do réu”.
O magistrado, inclusive, é o mesmo que no último dia 13 de fevereiro condenou o agente de trânsito do Detran a pena de 1 ano, 10 meses e 15 dias de detenção em razão de Ação Penal movida pelo MPPA contra ele em decorrência de violência sofrida pela mulher.
Leia mais:Ele foi condenado em dois artigos do Código Penal – lesão corporal e ameaça – e um da Lei Maria da Penha, que trata da violência doméstica e familiar contra a mulher. Os episódios de agressão que levaram à condenação, conforme a sentença, ocorreram nos dias 8 e 23 de outubro de 2016. Dayse tinha um filho de quatro anos com Diógenes.
Em relação à prisão em flagrante, a defesa dele pugnou pelo relaxamento, alegando que ele teria se apresentado e não sido preso em flagrante. O magistrado, entretanto, afirma que a autoridade policial narra detalhadamente as diligências efetuadas, que demonstram que a prisão se deu no chamado “flagrante impróprio”, não havendo nenhuma mácula, ao contrário das alegações formuladas pela defesa.
Sobre o assunto, o delegado responsável pela prisão concedeu entrevista detalhando como se deram as diligências, conforme divulgado em material divulgado ontem pelo Portal Correio de Carajás.
A defesa de Diógenes solicitou ele não fosse transferido para o Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (Crecan), em Santa Izabel, Região Metropolitana do Pará, onde costumeiramente ficam custodiados os presos oriundos de órgãos de segurança pública. A alegação é de que a distância dificultaria o contato da defesa com o agente de trânsito.
O magistrado atendeu o pedido e retificou determinação de transferência, deferindo o pedido de que Diógenes fique custodiado na Carceragem de Parauapebas, na cela que ficam os presos de bom comportamento e que trabalham.
O agente de trânsito foi preso no início da tarde de domingo como principal suspeito da morte da mulher. Diógenes é bastante conhecido em Marabá e Parauapebas, onde foi agente de trânsito do DMTU e do DMTT. Atualmente, é agente do Detran lotado em Parauapebas.
A família dela sustenta que o homem a jogou do segundo piso da casa onde moravam, na Rua Canindé, no Parque dos Carajás, e fugiu em seguida com o filho de ambos. A criança foi localizada com uma babá e o homem no escritório dos advogados que o representam. (Luciana Marschall)