Correio de Carajás

“Monstro do Bom Planalto” é preso em Imperatriz

Foragido do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA), José Ferreira da Silva Filho foi preso ontem (17) em Imperatriz (MA). Para quem não sabe ele ficou conhecido em Marabá como “Monstro do Bom Planalto”, por matar uma família inteira, em 2003, sendo condenado a 52 anos de prisão.

Agora, ele foi preso pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar do Maranhão e Polícia Militar do Pará, em Imperatriz, em cumprimento a Mandado de Prisão expedido pela Vara de Execuções Penais daquela cidade.

A prisão de José Ferreira se deu em razão deste ser considerado foragido da Unidade de Ressocialização de Imperatriz, de onde saiu no final de 2015, devido indulto de Natal, quando cumpria pena pela prática de crimes de falsidade e estelionato, tendo sido condenado pela Justiça Federal.

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Acontece que, após verificação mais rigorosa, a Justiça detectou que José da Silva Filho recebeu o indulto equivocadamente, uma vez que seus antecedentes não o habilitavam a esse benefício, decretando a prisão dele novamente.

Além de processado no Pará e no Maranhão, ele também responde a processo no Tocantins, em razão da utilização de documentos falsos com três nomes diversos e prática de estelionato. Consta ainda que, atualmente, José da Silva Filho estava trabalhando como professor da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) de Imperatriz e professor da rede municipal de ensino daquela cidade, utilizando nome falso de Gustavo Nascimento.

“MONSTRO”

Em julho de 2003, José Ferreira da Silva Filho, que morava em um cômodo alugado em uma casa na Rua Chico Mendes, Quadra 24, Lote 7 do Bairro Bom Planalto, armado de um pedaço de madeira, matou, com golpe na cabeça, Francisca Elizier Vidal Chaves, dona do imóvel. O crime ocorreu no quintal da casa.

Em seguida, utilizando-se de um travesseiro, asfixiou até a morte as duas crianças, Sarah Keli e Rebeca Vidal Chaves, de 7 e 4 anos de idade, respectivamente. Depois, enterrou os três corpos no quintal. Após alguns dias, vendeu o moto de Francisca e falsificou um recibo de venda da casa, como se a mulher tivesse negociado o imóvel com ele.

O crime foi descoberto porque os vizinhos, com quem Francisca e as filhas tinham fortes laços de amizade, desconfiaram do fato da família ter desaparecido de uma para outra hora de casa, sem comentar com ninguém que estava mudando de cidade, conforme explicava o homicida, quando indagado sobre a mulher e as filhas.

Agora, a Justiça vai decidir se José será recambiado para seguir cumprindo pena, pelo triplo homicídio qualificado, em Marabá, ou se acaba de cumprir pena pelos crimes cometidos no Maranhão e depois segue preso em Marabá. (Da Redação)