Correio de Carajás

Caso Flávia: terceiro envolvido indica local onde o corpo estaria enterrado, em Jacundá

A investigação do sumiço da tatuadora Flávia Alves Bezerra, de 26 anos, pode ter o seu mais importante capítulo nas próximas horas, depois que a perícia criminal resgatar um corpo que estaria enterrado em cova rasa, na área rural de Jacundá. A Polícia Civil foi levada ao local por um terceiro envolvido no crime. O perímetro em questão está sendo mantido preservado pelas autoridades, para evitar a presença de curiosos e movimentação que contamine a cena.

O caso começou a se resolver nesta quinta-feira (25), com a prisão de William Araújo Sousa, tido como principal suspeito do possível assassinato e, mais tarde, da esposa deste, Deidyelle Oliveira Alves, que estava na casa de familiares, em Tucuruí.

Se confirmado que o corpo de Flávia está realmente em Jacundá, o fato confere com a movimentação do casal, uma vez que na semana passada Will viajou de carro com a mulher para Tucuruí, via PA-150, ou seja, passando por Jacundá. Deidyelle ficou com a família e o tatuador retornou a Marabá já nesta semana.

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Will, como o tatuador é conhecido, permanece sem assumir que Flávia esteja morta e que tenha alguma relação com o crime. Na noite desta quinta o Correio apurou que o advogado Phillipe Barbalho decidiu não mais representá-lo, o que será comunicado a ele nesta sexta-feira.

ENTENDA

Flávia Alves Bezerra está desaparecida desde o último dia 15 de abril, quando esteve em um bar da Folha 32, da Nova Marabá. Ela deixou o local no carro de William Araújo Sousa, o que também é evidenciado por imagens de câmera de segurança. Apenas no dia 17 o desaparecimento foi oficialmente registrado, da parte da família.

A polícia também triangulou o sinal do celular da mulher e o mapeamento mostra que o aparelho esteve na área do prédio onde Will e a esposa residem.

PRISÃO

Conforme as investigações avançaram, o caso saiu da esfera da Deam para a Delegacia de Homicídios, assim como a Justiça acatou o pedido de prisão de Will. Ele estava reunido com seus então advogados, quando soube do mandado e foi buscado pelos policiais.

Segundo o documento, o tatuador está sendo investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, quando uma pessoa causa a morte de outra de forma intencional e sob circunstâncias especiais que agravam o crime, como, por exemplo, uso de meios que impossibilitam a defesa da vítima, motivo fútil, pagamento ou promessa de recompensa, entre outros casos previstos em lei (Lei 2848, art. 121, § 2º).

No mandado também consta que a prisão deve durar 30 dias a partir do momento em que o acusado for recolhido. Depois desse tempo, se não for renovado o prazo ou o mandado não for convertido em preventivo, Will deverá ser solto. (Da Redação)