Correio de Carajás

Cliente reclama de falta de água ao Saaep e recebe conselho revoltante

A autônoma Lene Oliveira procurou o Correio de Carajás para reclamar sobre o atendimento, de forma online, oferecido pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep). Segundo ela, o atendente a tratou com “descaso e deboche”. 

O atendimento foi iniciado no dia 18 de julho (sexta-feira), pelo número (94) 3346-7262, que tem a opção de conversas via WhatsApp e está disponível na seção de contato do site da Saaep. Lene informou a falta de água na residência, localizada no Bairro Cidade Jardim, e perguntou se o serviço poderia enviar um carro pipa, pois havia dias que o problema perdurava.

O atendente respondeu que enviaria as solicitações à equipe responsável. Dois dias depois, no dia 20 de julho, sem ter o problema resolvido, Lena mais uma vez utilizou o aplicativo de conversa para informar que continuava sem água desde a sexta-feira. O atendente, então, respondeu que havia encaminhado novamente o caso à equipe e que a “sexta já passou”. 

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Lene ficou surpresa e disse não ter entendido a resposta, mas então o atendente prosseguiu o diálogo. “Não foque no passado, mas sim no presente”, demonstra ela em captura de tela encaminhada à Reportagem.

Lena pontua que mora no município há mais de 15 anos e nunca foi “humilhada desta forma”, principalmente ao reivindicar um direito, como o de receber o fornecimento de água. “Como vou trabalhar? Como vou dar conta das minhas encomendas? Quem vai pagar meu prejuízo?”, questiona a empreendedora, que trabalha cozinhando. A falta de água durou uma semana. 

A usuária não conseguiu trabalhar pela falta de água

Ela afirma, ainda, que a falta de água em Parauapebas é problema antigo. “Nunca um gestor da Saaep se comprometeu realmente em resolver esse problema, no dia que realmente tiver uma pessoa disposta será resolvido”, finalizou.

O Correio de Carajás procurou a assessoria de comunicação da Saaep para se posicionar sobre o atendimento, mas recebeu como resposta não ter sido reconhecido o atendente pela imagem do Whatsapp. O número, entretanto, consta na página do órgão como oficial. Até o fechamento da matéria não houve posicionamento sobre a falta de água.    

(Theíza Cristhine)