Correio de Carajás

Casal é morto a tiros na Fanta

A ocupação urbana denominada Bairro Araguaia, na Nova Marabá, também conhecida como “Fanta”, devido fazer fronteira com a ocupação da Coca (Bairro Nossa Senhora Aparecida), foi palco de assassinato mais uma vez. Desta feita, trata-se de um duplo homicídio, ocorrido por volta das 18h de ontem, sexta-feira (25). Uma das vítimas foi identificada como Alessandro Alves da Silva, de 38 anos. Até a noite de ontem, a mulher ainda permanecia sem identificação. Alessandro era casado, mas a pessoal que morreu com ele não é sua mulher.

O local onde o duplo assassinato aconteceu, segundo apurou a reportagem do Jornal CORREIO, é chamado de “Bar das coleguinhas”, localizado na Avenida Pará, que funciona como bar (na frente) e também tem três quartos para motel nos fundos.

Funcionários do bar disseram para a polícia que o casal estava em um desses quartos, quando cinco homens armados entraram no estabelecimento e mandaram todos ficarem de cabeça baixa. Em seguida foram até os fundos e executaram o casal com vários tiros. Alessandro e a mulher estavam na cama quando foram surpreendidos e mortos.

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De acordo com informações da Polícia Militar, os criminosos estavam uma Gol de cor vermelha, de placas OSZ-1753, de Rondon do Pará, que está com registro de roubo.

Minutos depois do crime, a companheira de Alessandro, de prenome Arlete, residente na Folha 28, chegou ao local do assassinato e reconheceu o marido morto sobre uma poça de sangue. Ela contou que convivia com ele há 18 anos, mas que o marido estava cerca de três meses sem colocar os pés em casa. “Eu nem sabia da existência desse lugar aqui”, comentou.

A viúva deu uma pista que pode ajudar a Polícia Civil a descobrir a motivação para o crime. Ela disse que Alessandro era metalúrgico, mas já teve envolvimento com o tráfico de drogas e chegou a ficar preso por isso (foi condenado em 2015), sendo solto há cerca de um ano.

Na cena do crime, agentes funerários, peritos do Instituto Médico Legal (IML), uma guarnição da Polícia Militar e também policiais do Departamento de Homicídios tentavam colher as primeiras informações sobre o assassinato.

Além disso, como sempre ocorre, havia dezenas de curiosos, entre eles Luiz Silva, que mora perto de onde tudo aconteceu. Tranquilo, o rapaz mostrou o quanto a violência está banalizada em Marabá. Ele disse para a reportagem que o bairro é tranquilo. “Acontece um homicídio aqui e ali, mas o bairro é calmo”. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho e Evangelista Rocha)