Correio de Carajás

Após homicídio, barqueiros e rabeteiros dizem trabalhar sem segurança

Barqueiros e rabeteiros que atuam fazendo travessia de banhistas entre a Praia do Tucunaré e a Orla Sebastião Miranda alegam estar trabalhando com pouca segurança, faltam mais policiais e também guardas civis municipais para dar suporte aos profissionais, que atuam em condições que muitas vezes exigem a presença mais firme do poder público.

Quem falou sobre o assunto foram os rabeteiros Antônio Pereira Sobral, “Rabetaxi”, e Rudiney da Cruz, o “Ney”, dois dias após o colega John Wenderson Moura da Silva, de 26 anos, ter sido morto em uma confusão envolvendo passageiros.

Ouvidos pela reportagem do Jornal CORREIO, eles relataram que a situação às vezes fica complicada. “A segurança é a gente mesmo que faz”, observa “Rabetaxi”, explicando que muitas vezes eles pagam segurança particular do próprio bolso para ter mais segurança.

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Já o rabeteiro “Ney” observa que eles transportam muita gente embriagada e na hora de fazer o pagamento alguns simplesmente não querem acertar direito o valor combinado. “Foi o que aconteceu aí”, comenta o profissional, referindo-se à morte na madrugada de sábado.

Pelo que eles ouviram falar, o barqueiro John Wenderson cobrou R$ 30 pelo frete para as pessoas que saiam da Praia do Tucunaré, mas na hora do pagamento os clientes alegaram que queriam descer em outro ponto mais longe, ao que o barqueiro disse que não era aquele o combinado. Diante disso, os homens deram só R$ 20 para ele. Daí se iniciou toda a confusão que terminou no assassinato de John Wenderson.

Os barqueiros e rabeteiros pedem que o poder público reforce a presença de policiais e também guardas municipais com viaturas, principalmente aos finais de semana e no período da tarde, para que todos vejam a presença das autoridades nos pontos de embarque e desembarque, passando uma sensação de segurança no local. (Chagas Filho – Com informações de Josseli Carvalho)