A 2ª Vara Criminal de Altamira, no sudoeste do Pará, decretou a prisão preventiva do cinegrafista Arlito Ramos da Silva, que até o último final de semana trabalhava no Grupo Mirante, afiliada da TV Record, de onde está suspenso. Ele é procurado após ter deixado a companheira, Janaina Vitória de Assis Gomes de Oliveira, de 22 anos, desfigurada ao submetê-la a uma sequência de agressões.
Conforme informado pela vítima à Polícia Civil, os dois viviam juntos há dois anos e possuem um filho. Na madrugada do último sábado (1º), conta, por volta das 3 horas, ela adormeceu no sofá de casa, onde também estava o companheiro, que havia ingerido bebida alcoólica. Em seguida, dormiu no sofá, sendo acordada pelo cinegrafista de forma agressiva.
Ela relata que ele exigia a senha do celular. Ela atendeu ao pedido e ele passou a mexer no aparelho. Em seguida, motivado por ciúmes, passou a agredi-la com socos e tapas, o que resultou em diversas. Ainda para a Polícia Civil, ela informou que em seguida ele passou a pedir perdão para ela e afirmou que não ficaria no local por saber que a mulher iria denunciá-lo.
Leia mais:Em entrevista a vítima repetiu a mesma história. Após as agressões, diz, conseguiu pegar o filho e fugir para a casa do avô, de lá pediu ajuda para a mãe que a levou para a Delegacia de Polícia Civil e para o hospital da cidade. “Ele não achou o que procurava (no celular) e começou a me agredir, eu pedia pra ele parar e ele não parava, fiquei em choque porque nunca esperei isso dele… foi um terror”, relembra.
Policiais chegaram a ir ao endereço do casal em busca de Arlito, que não foi mais localizado. Janaina afirma que chegou a vomitar sangue devido a sequência de socos que recebeu no tórax e também sofreu fratura no nariz. A mulher informou que nunca havia sofrido violência por parte do companheiro.
O Grupo Mirante informou, em nota, que o repórter cinematográfico foi afastado por tempo indeterminado das atividades na Record TV Altamira e que a empresa está colaborando com as investigações. Informou, ainda, que Arlito presta serviços à emissora há oito anos e sempre manteve postura ética e profissional, não apresentando nada que pudesse desabonar a sua imagem, o que não justifica a atitude. (Luciana Marschall com informações de Rede Vale do Xingu)