Entre as prisões em flagrante realizadas esta semana em Marabá chama atenção o caso do armeiro Raimundo Mariano da Silva, muito conhecido em Marabá pelo apelido de “Almirante”. A Polícia Civil recebeu denúncia de que ele mantinha uma oficina clandestina de reparo de armas de fogo e ao checar a denúncia constatou que ele praticava a atividade ilegal na Folha 16 (Nova Marabá).
Foram encontradas na casa do acusado cinco espingardas, dois revólveres, além de muita munição e várias armas desmontadas. Além disso, quando a polícia fazia a revista no local, apareceu por lá um cliente de “Almirante”. Trata-se de Amauri Gomes da Silva, que chegou ao local com uma pistola calibre 380 na cintura. Ele levou a arma justamente para Almirante conserta-la, mas acabou foi perdendo a pistola.
Os dois foram autuados em flagrante, segundo informou o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil. A diferença é que Amauri pagou fiança e responderá ao crime de porte ilegal de arma em liberdade, mas “Almirante” está preso porque no caso dele não cabe arbitramento de fiança, pois ele fazia prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino em sua residência, conforme explicitado na Lei 10.826, de 2003, também conhecida como Estatuto do Desarmamento.
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De acordo com o delegado Vinícius, a polícia chegou até o acusado por meio do Disque Denúncia, que informou a localização da casa que funcionava como oficina clandestina.
FURTO
Também na terça-feira, policiais militares prenderam Alessandra Sacramento Brazil, acusada de furtar objetos em uma loja do shopping Pátio Marabá, na terça-feira. Ela foi flagrada por seguranças do shopping que a imobilizaram e a entregam para a PM, que por sua vez encaminhou à Polícia Judiciária.
Segundo o delegado Vinícius Cardoso, a acusada já é reincidente nesse tipo de crime, por isso não houve como arbitrar fiança para ela, que foi autuada por ameaça e furto qualificado. O flagrante foi mantido ontem (16), na audiência de custódia, pelo juiz Marcelo Andrei Simão Santos, da 1ª Vara Criminal de Marabá.
TRÁFICO
Por volta das 23h30 de terça, uma guarnição da Polícia Militar composta pelo sargento Cícero e soldado Fontes, em ronda pelo no km 6, Nova Marabá, em fez algumas abordagens em suspeitos. Ao abordarem Renata Ferreira Campos, encontraram em poder dela 12 papelotes de crack. Segundo a polícia, Renata teria passagem por envolvimento em homicídio.
SAIBA MAIS
Veja o que proíbe o Artigo 17 do Estatuto do Desarmamento: “Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.”
(Chagas Filho)