A ButanVac, candidata à vacina contra a Covid-19, teve sua eficácia comprovada contra as variantes alfa, beta e gama durante estudos pré-clínicos, de acordo com resultados publicados na revista científica “Nature Communications”.
Nesta fase dos estudos, os testes foram realizados em cobaias e costumam anteceder a fase de aplicação em humanos. Apesar disso, os desenvolvedores já divulgaram uma prévia de resultados da fase 1, com voluntários, que indicam que a ButanVac é segura e gera resposta imunológica em pacientes, conforme estudos iniciais em humanos na Tailândia.
No caso dos dados publicados na Nature, os pesquisadores testaram duas versões da vacina em camundongos e hamsters. A primeira versão, produzida no Butantan, utiliza o vírus inativados para administração intramuscular, enquanto a segunda versão usa o vírus vivo e sua aplicação é via intranasal.
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“Foi observado que camundongos e hamsters vacinados com a NDV-HXP-S (nome internacional da Butanvac) desenvolveram fortes respostas de anticorpos que não apenas neutralizaram o coronavírus SARS-CoV-2, mas também neutralizaram as variantes de preocupação“, apontam os pesquisadores.
Os resultados da fase pré-clínica, publicados na quarta-feira (27), foram conduzidos por cientistas do Instituto Butantan, da Escola de Medicina Icahn do Hospital Mount Sinai, em Nova York, da Universidade de Maryland, e de pesquisadores do Vietnã e da Tailândia.
Segundo os pesquisadores, outro estudo está em andamento para avaliar a eficácia da vacina contra a variante delta, que ainda não havia sido identificada quando o estudo em cobaias começou.
As investigações quanto à eficácia da vacina contra as variantes de preocupação foram realizadas paralelamente aos testes clínicos em humanos, que avaliaram a eficácia e a segurança do imunizante contra a Covid-19.
Em setembro deste ano, um estudo publicado como pré-print (sem revisão dos pares) já havia revelado que os resultados dos testes clínicos de fase 1 — estudos iniciais em humanos.
O Butantan deverá produzir 100% do imunizante em sua própria infraestrutura, caso a vacina se comprove eficaz. Até o momento, os testes brasileiros são realizados em Ribeirão Preto (SP), Guaxupé (MG), São Sebastião do Paraíso (MG) e Itamogi (MG).
(Fonte:G1)