Correio de Carajás

Vereadores querem privatização da Estrada do Rio Preto

O vereador Cabo Rodrigo usou a tribuna na sessão desta quarta-feira, 8, e apresentou requerimento em conjunto com os vereadores Fernando Henrique, Frank do Jardim União, Eloi Ribeiro, Raimundinho, Ronisteu, Márcio do São Félix e Beto Miranda, para que o Executivo mande projeto privatizando a estrada, dando concessão para que uma empresa possa pavimentar e investir naquele importante via.

Rodrigo explicou que esteve em Brasília em busca de solução para a Estrada do Rio Preto e verificou não haver disponibilidade de recursos para a obra de recuperação e asfaltamento.  O vereador lembrou que são mais de 18 mil pessoas que dependem e transitam pela estrada e que elas estão se arriscando vindo para Marabá pelo perigo do percurso.

“Fomos a Brasília e ouvimos que o Governo Federal não tem um centavo para investimento. São 18 mil habitantes nessa área, e é preciso resguardar a trafegabilidade. Chegamos à conclusão de, quem sabe, uma empresa tenha interesse de mantê-la trafegável e com segurança. Precisamos arrumar alternativas para que o cidadão da região do Rio Preto possa vir e voltar na hora que bem entender. Apresento requerimento para que o Executivo mande projeto de concessão dos 140 km de estrada vicinal, dando a para uma empresa fazer a manutenção e quem sabe pavimentar essa estrada.

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Ainda de acordo com ele, os órgãos de fiscalização não têm competência para falar que irão paralisar a mineração, para que haja investimentos por parte dos governos em parceria com as empresas que extraem minério a região, e com isso a circulação de carretas só aumenta. “É preciso que tomemos direcionamento administrativo, se não der em nada, iremos fechar a rodovia. As pessoas têm que ter o direito de trafegar em uma estrada em boas condições”, arrematou.

Duro em suas palavras, o vereador Ray Athiê opinou ser preciso fechar a estrada ou nada vai acontecer. “As conversas já foram esgotadas. Nos já reunimos com a Buritirama. que prometeu asfaltar as entradas das vilas e nada cumpriu. É só enganação, se não formos para paralisar tanto a ferrovia quanto a estrada não teremos atenção. Faturam milhões por dia e nada deixam. Enquanto não doer no bolso das empresas elas vão fazer da forma que querem”.

Alecio Stringari disse ser louvável a solicitação dos vereadores. Ele ressaltou que desde que se elegeu vereador foi parceiro na interlocução com a empresa Buritirama, Poder Executivo e a população, para tudo correr normalmente e avançarem nas pautas comuns ao município. Mas, percebe que, de alguns anos para cá, isso vem se deteriorando e a relação da empresa com a cidade só piora. “As condicionantes não foram cumpridas, como por exemplo, o pagamento dos royalties, que servem para a manutenção da estrada e implantação de algumas melhorias nas comunidades rurais. Lamentamos que a Buritirama tenha falhado com Marabá, e eles devem resgatar isso com o município”.

Stringari explica que o movimento de veículos aumentou muito e que é preciso investimento para garantir a segurança dos usuários da velha estrada. “A luta é importante e o requerimento também, para que as empresas possam participar dessa concessão e o asfaltamento se torne realidade”.

Badeco do Gerson lamenta que nas condições atuais, o morador da Vila Macaco Careca gasta cerca de 200 reais para vir a Marabá. “É um sacrifício enorme e há muita dificuldade para o povo”, criticou.