Correio de Carajás

TELEMEDICINA II

A Telemedicina derrotou os incrédulos, venceu temores, preconceitos e desafios, caminhando a passos largos para sua consolidação. Assim, o alto índice de solução dos atendimentos de 91% comprovou o sucesso da nova dinâmica de atendimento virtual, com a grande maioria das instituições de Saúde passando a atender através da Telemedicina. Tanto de maneira integral, quanto por meio de parte dos médicos em suas diversas especialidades.

A demanda de serviços por Telemedicina cresceu substancialmente em clínicas, operadoras de saúde, empresas e hospitais. Além disso, na outra ponta do sistema, a maioria dos pacientes que usaram a Telemedicina aprovou o atendimento. Sem dúvida, despertou-se entre os profissionais da Saúde a necessidade de lançar um olhar ainda mais humano sobre quem está sob seus cuidados.

Segurança é a palavra chave em termos de plataforma de Telemedicina. Após a liberação da teleconsulta durante a pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) oficializou suas determinações para a realização da Telemedicina, como é o caso da obrigatoriedade da garantia de confidencialidade durante as consultas. Os dados criptografados nas plataformas fazem parte dessa obrigatoriedade.

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A plataforma para Telemedicina deve operar com criptografia, senha e outros recursos de segurança. Desse modo, impossibilita o vazamento de dados sensíveis, como os documentos e o prontuário do paciente. Daí a importância de se observar se o software utilizado contém métodos de proteção. É fundamental que a plataforma de Telemedicina esteja alinhada com as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo o sigilo e a segurança para os dados dos pacientes e o acesso dos profissionais.

Dessa maneira, é importante verificar bem se ela tem e acompanha os certificados de proteção e tecnologias de criptografia necessários para diminuir as possibilidades de sequestro de qualquer informação. Para se ter total segurança, a recomendação é que se utilize uma solução unificada e diferente de tudo já visto em Telemedicina. Procure optar por um software que, do lado do paciente, não seja necessário baixar nenhum aplicativo ou fazer qualquer instalação em seu celular ou computador.

É imprescindível que a plataforma de Telemedicina ideal tenha conexão em Nuvem, armazenando todos os documentos pessoais e clínicos dos pacientes. Além disso, é fundamental que a empresa que desenvolveu o software ofereça um suporte especializado, eficiente, ágil e de qualidade para os usuários.

Os riscos de vulnerabilidade dos dados dos pacientes com a utilização de uma plataforma com integrações são muito altos. Como garantir a segurança das informações e do seu uso? Este é um precedente perigoso e que merece total atenção. Ao médico, procure, pois, um software com credibilidade no mercado e que realmente proporcione a segurança real para seus clientes.

Sua opção deve ser por uma solução em que o usuário, durante a teleconsulta, possa enviar para o paciente documentos assinados digitalmente, como por exemplo atestados, pedidos de exame e prescrições, em apenas um clique. E, se acaso for necessário, depois de sua realização.

É fundamental que a plataforma de Telemedicina ofereça a devida segurança para os dados dos pacientes e acesso dos profissionais. Por isso, verifique se ela acompanha os certificados de proteção e tecnologias de criptografia, a fim de reduzir as chances de roubo de informações.

Além disso, órgãos de fiscalização também determinaram protocolos específicos para que esses sistemas possam operar. Assim, também é importante verificar se as ferramentas seguem as determinações legais de segurança.

Com toda a certeza, 2022 registrará um crescimento ainda maior da utilização desse atendimento virtual. Assim, a melhor plataforma de Telemedicina tem que trazer como base de sua oferta de serviços a segurança do sistema que utiliza.

 

 

* O autor é especialista em cirurgia geral e saúde digestiva.