Na manhã de quinta-feira, 24, o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Marabá (Sindicom), Raimundo Neto, recebeu a Imprensa para falar sobre as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho que são feitas junto com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Marabá (Sindecomar).
De acordo com Neto, ele sugeriu que permanecesse a convenção passada e negociariam somente as cláusulas econômicas, como reajustes, cestas básicas e outros pontos.
“Eles não aceitaram. Vieram com 39 pleitos novos. Uma das cláusulas que deu problema é a de comemoração do Dia do Comerciário. A nossa proposta é que seja somente na segunda-feira de Carnaval. Terça e quarta trabalham normalmente, não fecha mais o comércio. Só aceitam se forem os três dias, sendo a quarta-feira até o meio dia”, relata Neto.
Para o Sindicom, Marabá é uma cidade polo, o comércio não pode ficar fechado, por isso a justificativa de se manter somente a segunda-feira como feriado para o setor.
Segundo Neto, a convenção está aberta a negociação e não houve qualquer impedimento ou travamento por parte do patronal.
“Simplesmente não houve um acordo porque não se chegou a um denominador comum. Nós estamos atuando conforme a lei. A reforma trabalhista nos deu essa oportunidade de sentar e conversar para sobrepor o que está na lei. A convenção nos dá a chance de negociar e adaptar de acordo com as necessidades do município”.
Questionado sobre o exemplo dado nas negociações de se conceder cesta básica inicial aos trabalhadores no valor de R$ 1, Neto explica que a intenção é emplacar o direito, pra depois estabelecer um valor. “Foram recusados os 100%. A intenção é incluir. Amanhã pode estar R$ 500,00”.
VERSÃO DO SINDECOMAR
Em nota, o Sindecomar afirma que não aceita a retirada da cláusula do dia do comerciário. Desta forma, os trabalhadores não poderão trabalhar na segunda, terça e quarta-feira de Carnaval até às 12 horas.
O Sindicato informa que ajuizou duas ações na Justiça do Trabalho contra do Sindicom, com o objetivo de assegurar a data base da categoria comerciária.
A Nota finaliza exigindo respeito, lealdade e compromisso.
“A negociação é um instrumento ‘moderno’ e uma exigência de atitudes ‘civilizadas’, com vistas a resolver, no ‘diálogo’, os conflitos de interesses entre partes. Assim, com esses princípios, o Sindecomar mantém-se aberto a negociação e empenhado na construção de soluções”. (Ana Mangas)