Correio de Carajás

Sindicatos articulam participação popular na Greve Geral

Organizado em Marabá pelo Fórum em Defesa da Previdência e dos direitos dos Trabalhadores, o ato de Greve Geral marcado para amanhã (30), conta, segundo a coordenação, com a participação de 21 organizações, dentre sindicatos, entidades e movimentos sociais. A concentração do protesto está marcada para as 7h30, em frente ao Estádio Municipal Zinho de Oliveira, na Marabá Pioneira.

Durante a mobilização, manifestantes seguirão até o núcleo Cidade Nova com cartazes e faixas contra as reformas propostas pelo governo federal e a favor das ‘Diretas Já’.  “Nesse momento não é mais só bancários e professores, são todos os trabalhadores que vão ser prejudicados. Então, nós estamos convidando as pessoas para estarem conosco fazendo um grande ato no dia 30”, declarou Heidiany Moreno, diretora do Sindicato dos Bancários do Pará – Subsede Marabá.

Também está programado para amanhã (30), no período da tarde, um seminário no auditório da Uepa sobre a hidrelétrica de Marabá e, à noite, atividade político-cultural na Praça São Francisco. Heidiany disse que espera grande participação popular no evento, a exemplo do último ato de Greve Geral que aconteceu no município, no dia 28 de abril.

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“Na última Greve Geral nós tivemos muita gente na rua, foi um excelente movimento com cinco mil pessoas. Foi uma passeata muito bonita que encerramos na Velha Marabá”, lembrou. Ela também fez questão de frisar como as reformas podem impactar na vida dos brasileiros, caso sejam aprovadas.

“Desde que começaram a conversar sobre a terceirização e pautar no congresso, nunca mais os bancos públicos e privados contrataram trabalhadores. Ou seja, isso é um exemplo concreto do que a reforma trabalhista vai fazer com a vida do trabalhador. Todos nós vamos ser terceirizados e vamos perder direitos. Se os bancos hoje estão demitindo, aposentando pessoas e há mais de um ano não fazem concurso e nem contratam trabalhador, como vai ficar?”, indagou.

Já Rigler Aragão, professor universitário e membro do Fórum, destacou a importância da mobilização popular na defesa de direitos que, de acordo com ele, estão sendo ameaçados. Segundo o professor, a reforma da Previdência vai atingir, inclusive, os atuais aposentados. “Porque tem um gatilho que vai desvincular o reajuste da aposentadoria do salário mínimo. Então, pode ter o reajuste do salário mínimo e a aposentadoria continuar congelada”, esclareceu.

Ele acrescenta que a aprovação da reforma da Previdência também vai inviabilizar a aposentadoria do trabalhador brasileiro. “E em uma conjuntura política dessa, de presidente sendo acusado, cada vez mais se aprofundando essa crise. Aí, a única forma da sociedade fazer valer o que pensa é sair às ruas e protestar”.  (Nathália Viegas)

 

 

 

 

Organizado em Marabá pelo Fórum em Defesa da Previdência e dos direitos dos Trabalhadores, o ato de Greve Geral marcado para amanhã (30), conta, segundo a coordenação, com a participação de 21 organizações, dentre sindicatos, entidades e movimentos sociais. A concentração do protesto está marcada para as 7h30, em frente ao Estádio Municipal Zinho de Oliveira, na Marabá Pioneira.

Durante a mobilização, manifestantes seguirão até o núcleo Cidade Nova com cartazes e faixas contra as reformas propostas pelo governo federal e a favor das ‘Diretas Já’.  “Nesse momento não é mais só bancários e professores, são todos os trabalhadores que vão ser prejudicados. Então, nós estamos convidando as pessoas para estarem conosco fazendo um grande ato no dia 30”, declarou Heidiany Moreno, diretora do Sindicato dos Bancários do Pará – Subsede Marabá.

Também está programado para amanhã (30), no período da tarde, um seminário no auditório da Uepa sobre a hidrelétrica de Marabá e, à noite, atividade político-cultural na Praça São Francisco. Heidiany disse que espera grande participação popular no evento, a exemplo do último ato de Greve Geral que aconteceu no município, no dia 28 de abril.

“Na última Greve Geral nós tivemos muita gente na rua, foi um excelente movimento com cinco mil pessoas. Foi uma passeata muito bonita que encerramos na Velha Marabá”, lembrou. Ela também fez questão de frisar como as reformas podem impactar na vida dos brasileiros, caso sejam aprovadas.

“Desde que começaram a conversar sobre a terceirização e pautar no congresso, nunca mais os bancos públicos e privados contrataram trabalhadores. Ou seja, isso é um exemplo concreto do que a reforma trabalhista vai fazer com a vida do trabalhador. Todos nós vamos ser terceirizados e vamos perder direitos. Se os bancos hoje estão demitindo, aposentando pessoas e há mais de um ano não fazem concurso e nem contratam trabalhador, como vai ficar?”, indagou.

Já Rigler Aragão, professor universitário e membro do Fórum, destacou a importância da mobilização popular na defesa de direitos que, de acordo com ele, estão sendo ameaçados. Segundo o professor, a reforma da Previdência vai atingir, inclusive, os atuais aposentados. “Porque tem um gatilho que vai desvincular o reajuste da aposentadoria do salário mínimo. Então, pode ter o reajuste do salário mínimo e a aposentadoria continuar congelada”, esclareceu.

Ele acrescenta que a aprovação da reforma da Previdência também vai inviabilizar a aposentadoria do trabalhador brasileiro. “E em uma conjuntura política dessa, de presidente sendo acusado, cada vez mais se aprofundando essa crise. Aí, a única forma da sociedade fazer valer o que pensa é sair às ruas e protestar”.  (Nathália Viegas)