Correio de Carajás

Semsa deslancha campanha contra sarampo e poliomielite

A partir da próxima segunda-feira, 6, a Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (Semsa), através da Diretoria de Vigilância em Saúde, inicia a campanha de vacinação no município contra Sarampo e Poliomielite. O público alvo são crianças com idade entre 1 e 4 anos.

As duas doenças, que foram consideradas erradicadas no País, voltaram a preocupar as autoridades de saúde após o registro de novos casos, principalmente do sarampo, em estados da região Norte, após a entrada maciça de imigrantes venezuelanos, que têm buscado refúgio no Brasil devido à crise política e econômica que o país vizinho passa.

No Pará, 16 municípios, como Curionópolis e Eldorado do Carajás, estão na lista de risco para a poliomielite, causadora da paralisia infantil. Durante a campanha, que vai até o dia 31 de agosto, também será feita atualização da vacina contra rubéola. O “Dia D” será em 18 de agosto, um sábado, quando todas as unidades básicas de saúde do município estarão de portas abertas para que os pais (ou responsáveis) levem seus filhos.

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A Semsa observa que é importante não esquecer a Carteira de Vacinação. A campanha é destinada a todas as crianças com até 4 anos de idade, conforme fixado pelo Ministério da Saúde (MS), e tem como madrinha a apresentadora Xuxa Meneghel. Essa etapa de vacinação, segundo a Semsa, não é para a faixa etária de 12 meses a 49 anos de idade, como está circulando nas redes sociais, o que tem confundido a população.

O alerta do Ministério da Saúde para a possibilidade de a poliomielite voltar ao Brasil se acendeu diante dos dados de 312 municípios brasileiros que apresentam cobertura vacinal abaixo de 50% para a doença. Ou seja, não estão vacinando ou por falta de campanhas ou porque os pais têm ignorado a importância da vacinação contra a poliomielite, estava erradicada no País desde 1990.

Na relação do MS com baixa cobertura aparecem 16 municípios paraenses: Curionópolis, Eldorado dos Carajás, São Geraldo do Araguaia, Curralinho, Breves, Santa Bárbara do Pará, Pau D’Arco, Portel, Bagre, Viseu, Ananindeua, Marituba, Jacareacanga, Melgaço, Porto de Moz e Chaves.

O fato de a grande maioria dos municípios brasileiros estar fora da lista de risco do Ministério da Saúde não é motivo para ignorar a poliomielite. “O risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%. Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no País. Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. É uma questão de responsabilidade social”, enfatizou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do MS, Carla Domingues, durante reunião no final de junho deste ano com representantes dos Estados e municípios.

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, causada pelo Poliovírus, que acomete mais frequentemente as crianças com menos de 4 anos de idade e que também pode atingir os adultos. Geralmente, os sintomas são considerados leves, como febre, dor de garganta, náusea, vômito, constipação e dor abdominal.

A via mais frequente de transmissão é de pessoa para pessoa, pela via fecal-oral; por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores; e ainda por gotículas de saliva, transmitidas por espirro, tosse e beijos. Não existe tratamento específico para a poliomielite, portanto, a única forma de combater e evitar a doença é a prevenção. (Tina Santos – com informações da Semsa)