Correio de Carajás

Semma avalia que desrespeito com a piracema diminuiu em Marabá

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), por meio do Departamento de Fiscalização Ambiental, divulgou o saldo positivo dos dados referentes ao período de defeso da Piracema nos rios Tocantins e Itacaiúnas, que foi de novembro/20 a fevereiro/21. O balanço mostra que em 2021 foram apreendidos 459 kg de pescado na região, contra 1.496kg de peixes confiscados em 2020.

“O período da Piracema ou do defeso, como é conhecido, é uma medida que tem como objetivo proteger a reprodução dos peixes”, explica Paulo Chaves, coordenador do DFA.

Segundo ele, durante esses 4 meses, o departamento esteve todos os dias nos rios Tocantins e Itacaiunas, fiscalizando qualquer tipo de embarcação, armadilhas ou apetrechos que pudessem estar nos rios, fazendo a pesca irregular. “Fizemos os recolhimentos, abordamos pescadores e notificamos, caso necessário, pelo crime ambiental, por estar pescado no período do defeso”.

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As fiscalizações também aconteceram em feiras e supermercados, que foram autuadas pela venda ilegal do pescado. “Na Feira da 28, na Nova Marabá, foram apreendidos aproximadamente 300kg de peixe e os proprietários irão responder processo administrativo”, explica.

De acordo com uma análise da Semma feita nos últimos 3 anos, os rios da nossa região estão sendo bem cuidados. Os dados mostram que o número de malhadeiras, por exemplo, diminuiu consideravelmente, se comparado com o ano de 2019 e, isso se dá, a vigilância diária nos rios.

“Em 2019 apreendemos quase 30 mil metros de malhadeiras e, em 2021 apreendemos pouco mais de 10 mil. A gente sabe que ainda existe muita gente que resiste e, que realmente, querem burlar a proibição. Mas estamos acompanhando e tentando impedir que isso aconteça. Concluímos uma etapa do nosso trabalho. Continuamos na ativa, impedindo que não haja mais crimes ambientais na nossa região”, finaliza Paulo.

As apreensões a somam 10.348 metros de malhadeiras (rede de pesca), 65% menos do que o período anterior (29.446 metros). O relatório da Semma cita ainda a apreensão de 50 armadilhas; sete tarrafas, 64 espinhéis (106 no período anterior), 15 boias de espinhel, três barcos e três motores (respectivamente 2 e 2 anteriormente), uma notificação e um auto de infração (R$ 4.200,00), dois pássaros e quatro tartarugas, sendo que as aves foram soltas na natureza, no Parque Zoobotânico de Marabá; as tartarugas devolvidas ao Rio Tocantins. Todo o apetrecho de pesca foi destruído; enquanto o pescado foi doado a instituições de caridade.

O período da piracema durou quatro meses e terminou em 28 de fevereiro. Neste intervalo, em que os peixes se reproduzem, havia a permissão da pesca esportiva com a prática do pesque e solte e a pesca de subsistência para os ribeirinhos.

A Semma conta com o apoio da Guarda Municipal de Marabá e, todo pescado apreendido, foi doado para Chácara Emaús, Mesa Brasil, Lar São Vicente de Paula e Lar das Crianças. (Ana Mangas)