Correio de Carajás

RONDA POLÍTICA

A retirada de Marabá do projeto da Ferrovia Paraense continua rendendo críticas e sendo debatido na Câmara. Para um grupo de vereadores, caso não haja revisão e o projeto volte ao traçado original, tendo Marabá como o marco zero, é hora de uma grande mobilização e manifestação do povo, podendo ocorrer, até mesmo, o fechamento da Estrada de Ferro de Carajás.

Morador do Bairro Morada Nova, o vereador Aerton Grande mostrou sua indignação com a empresa mineradora. “O que a Vale está fazendo é uma injustiça muito grande. Irá nos sobrar somente os problemas, pessoas desempregadas e hospitais lotados. Ele também concorda em fechar a EFC.

Márcio do São Félix disse que é preciso que o prefeito se envolva na luta pela ferrovia, caso contrário, a batalha estará perdida. “Estamos denunciando, falando, fazendo o nosso papel. Mas é preciso o envolvimento do prefeito no ato”, sustentou.

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Ray Athie também se mostrou revoltado. “É só enganação, se não formos para paralisar tanto a ferrovia quanto a estrada do Rio Preto não teremos atenção. Faturam milhões por dia e nada deixam”. “Se não sair a inclusão de Marabá, nós não sairemos dos trilhos do trem, enquanto não for resolvido”.

Sempre muito centrada, a vereadora Cristina Mutran engrossou o caldo na discussão. Ela afirmou que a população de Marabá já está cansada de tantas promessas não cumpridas pela mineradora. “Não temos nada em relação a Alpa ou Alpinha. Eles fazem essas projeções maravilhosas e nada acontece. Basta de coisas pequenas que a Vale dá para Marabá. Chega! precisamos é radicalizar mesmo. Estamos cansados de tanta promessa e nada sair do papel”.

Marcelo Alves destacou que é preciso casar a CPI da Câmara com a opinião pública na rua, para ter a viabilidade de fechar a ferrovia. “É necessário criarmos um comitê de luta contra a Vale. Acho que não temos mais o que negociar, devemos ocupar e mostrar nossa pauta, além de colocar a sociedade nessa discussão”.