Correio de Carajás

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Onda de calor

Pelo menos até a próxima sexta-feira (23), a onda de calor deverá continuar no Pará. Em algumas regiões, a temperatura máxima deverá chegar a 38 °C. E Belém deverá manter a temperatura máxima entre 34 a 35.5 – ou seja ao redor de 35 °C, entre 11h30 e 14h30. A previsão é do meteorologista José Raimundo Abreu de Sousa, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)/2º Distrito de Meteorologia de Belém.

Onda de calor II

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O Pará será um dos Estados mais afetados pela onda de calor que começou domingo (18) no Norte do Brasil, segundo alerta dos serviços de meteorologia. A previsão é de que, até a quinta-feira (22), as temperaturas se mantenham na casa dos 35ºC, podendo chegar a 42ºC em alguns pontos. Além do Pará, estão em alerta Rondônia e Amazonas com previsão de temperaturas superiores a 35ºC. Há o temor de que o tempo seco aumente as queimadas na Amazônia.

Regiões

O meteorologista José Raimundo ressalvou que há diferença de temperatura de região para região no Pará. Mas as maiores temperaturas máximas deverão ocorrer notadamente nas regiões Sul, Sudeste, Oeste e Centro. Isso abrange as cidades de Tucuruí, Altamira, Marabá, Redenção, Conceição do Araguaia, Xinguara e Santarém, entre outras, onde as temperaturas devem variar entre 36 a 38°C.

História revisitada

O comércio de escravos no Brasil foi uma prática presente na sociedade e na economia dos séculos XVIII e XIX. Com o fim do tráfico transatlântico em 1850, o mercado de escravos passou a se basear em transferências internas, entre as províncias do Império ou em contextos regionalizados. Escrito pelo professor doutor em História pela UFPA, David Farias, “Negócios e Destinos: O Comércio de Escravizados no Vale do Tocantins/PA, 1842-1887” analisa esse comércio na região amazônica. David destaca a importância de participar pela primeira vez como autor da Feira do Livro, enfatizando o tema de seu livro, que aborda a história do Baixo Tocantins.

História revisitada II

O livro oferece uma análise dessas transações comerciais e das transferências de senhorio que redefinem a vida dos escravizados. Cada negócio representava não apenas uma transação econômica, mas uma mudança de destino, muitas vezes marcada pela ruptura de laços familiares e sociais. As transferências de posse, domínio e senhorio registradas nos documentos cartoriais da região indicavam, ao mesmo tempo, o esforço de uma classe proprietária na reposição e manutenção dos seus plantéis.

Madeira ilegal

A extração ilegal de madeira cresceu 22% no Pará. É o que mostra um estudo divulgado que cruzou a exploração madeireira mapeada por satélite com as autorizações para a atividade no estado. A pesquisa aponta que a extração de madeira ilegal passou de 17,8 mil hectares entre agosto de 2021 e julho de 2022 para 21,8 mil hectares entre agosto de 2022 e julho de 2023. O estado, portanto, fechou o calendário com 42% da atividade feita sem permissão de órgãos ambientais. Os dados são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), realizado por quatro instituições de pesquisa: Imazon, Idesam, Imaflora e ICV.

Números

No total, o Pará teve 52,1 mil hectares com extração de madeira entre agosto de 2022 e julho de 2023, período conhecido como o “calendário de desmatamento” da Amazônia.

Gavião resgatado

Uma operação de resgate bem-sucedida salvou um filhote de gavião-real (Harpia harpyja) após o animal se chocar contra a fiação elétrica em uma reserva sustentável extrativista no município de Porto de Moz, no Pará. A ação conjunta envolveu o Ibama, IDEFLOR-Bio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Norte Energia e o Projeto Gavião Real. A informação é de Pedro Duran.

Gavião resgatado II

Considerado a maior águia das Américas, o animal sofreu ferimentos em uma das asas devido ao impacto. Imagens do resgate mostram a ave sendo cuidadosamente manipulada por veterinários e funcionários. O incidente ocorreu nos arredores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, onde um projeto de conservação está em andamento desde 2012. Esta iniciativa visa proteger espécies em risco de ameaça, como o gavião-real, e monitorar o impacto da usina no ecossistema local. A Norte Energia, responsável pela usina, forneceu apoio logístico, incluindo combustível para a operação de resgate.