Correio de Carajás

Rebanho de gado de Parauapebas representa só 10% o de Marabá

Marabá também possui 580.000 galinhas; 25.100 porcos; 22.000 cavalos; 13.000 ovelhas; 2.500 cabras; e 510 búfalos

Foto: Ilustração Free Pik

A pecuária representa uma parte fundamental da economia e da vida cotidiana no Brasil. Com 203 milhões de habitantes, o país possui uma proporção impressionante de animais criados em fazendas para atender às necessidades alimentares, industriais e econômicas, totalizando 1,9 bilhão de cabeças. Os dados são da Pesquisa da Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A quantidade bilionária e surpreendente de cabeças de gado, bois, vacas, galinhas e frangos no Brasil representam cerca de nove vezes a população humana, e esse rebanho também inclui outras espécies como porcos, codornas, cabras e ovelhas. Esses animais desempenham um papel vital no abastecimento de carne, leite, ovos e uma variedade de produtos que impactam nossa vida cotidiana, desde biodiesel até gelatinas.

O rebanho de gado constitui a 2ª maior quantidade destes animais de rebanho, com 224.602.112 cabeças. Em primeiro, estão os galináceos com 1.530.668.972. No entanto, todo esse cenário se diversifica quando observamos municípios específicos como Marabá e Parauapebas.

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MARABÁ

Com uma indústria pecuária robusta, Marabá possui rebanho de gado atingindo a marca de 1.300.000 cabeças, sendo o quinto maior produtor de bois e vacas do País. Além disso, há 580.000 galinhas em Marabá; 25.100 porcos; 2.500 cabras; 13.000 ovelhas; 510 búfalos; e 22.000 cavalos.

As espécies desempenham um papel vital na economia de Marabá, fornecendo carne, leite, ovos e matérias-primas essenciais para uma ampla gama de indústrias. A diversidade da pecuária no município é uma característica marcante, contribuindo para o suprimento de alimentos e insumos agroindustriais.

A proporção de rebanho de gado para cada habitante de Marabá é de, aproximadamente, cinco cabeças para cada pessoa, considerando a população de 266.536 habitantes e 1.943.110 animais.

PARAUAPEBAS

Com 266.424 habitantes, Parauapebas também mantém uma presença significativa na pecuária. Seu rebanho de gado, embora bem menor em comparação com Marabá, é de 132.950 cabeças, juntamente com 56.000 galinhas, 7.050 porcos, 315 cabras, 2.230 ovelhas, 140 búfalos e 3.900 cavalos. Esses números se traduzem em uma proporção de uma cabeça de gado para cada habitante da cidade.

A pecuária da Capital do Minério não é tão representativa em sua economia como em Marabá, embora contribua na produção de carne e outros produtos relacionados para fortalecer a economia regional. Embora a proporção de animais por habitante seja menor do que em Marabá.

O gado continua sendo uma fonte essencial de carne e subprodutos que impactam a vida cotidiana dos moradores do sul e sudeste do Pará, já que aqui estão presentes São Félix do Xingu (maior produtor do Brasil) e Novo Repartimento, quarto maior rebanho bovino do País.

Esses rebanhos produzem muito do que comemos, bebemos e vestimos. Do gado, por exemplo, vem a carne e uma grande variedade de produtos, como biodiesel, fertilizantes, produtos de higiene e até gelatinas.

Existem outros produtos curiosos, como:

Pé de galinha, que é comido que nem pirulito na China, um dos nossos maiores compradores; carne de cavalo (sim, existe e é autorizado pela lei); outras carnes diferentes, como capivaras.

E ainda tem muito mais animal que a gente não imagina que é criado em fazenda. De bichos mais óbvios, como peixes e abelhas, tão numerosos que é impossível de calcular quantos existem, até outras populações bem menores, de rãs e jacarés.

Aquecimento global

No entanto, a pecuária é considerada uma das contribuintes para o aquecimento global. O Observatório do Clima apontou que a produção e a distribuição de alimentos foram responsáveis por 73,7% das emissões de gases poluentes no Brasil em 2021. E que a cadeia da carne bovina respondeu por 57,2% do total.

Das 1,8 bilhão de toneladas de gases liberadas com a produção e distribuição de alimentos naquele ano no país, a maior parte desse montante (56,3%) foi a partir do desmatamento para converter a terra em pasto para gado, que emite CO2. (Thays Araujo com informações do globo.com)