Com lojas fechadas no centro da cidade, alguns momentos da segunda-feira (29) até lembraram um feriado local, porém com muito movimento de veículos e de pessoas nas ruas, algo que não seria possível caso o decreto fosse de um verdadeiro lockdown. Muitos ramos de atividade, considerados essenciais, ainda estavam funcionando o que contribuiu, em parte, com a movimentação. No último sábado, vários comerciantes haviam protestado contra o novo decreto da Prefeitura, questionando o rigor apenas para alguns dos ramos comerciais. Na visão deles, a medida seria inócua. Apesar disso, houve respeito à determinação, ontem.
O shopping da cidade também está fechado desde ontem. Destaque para as empresas investindo bastante em avisos nas redes sociais, anunciando o atendimento via delivery, com acionamento pelo whatsapp. Uma tradicional ótica, por exemplo, aproveitou para anunciar promoções e garantir a entrega do produto em domicílio.
No final de semana, cenas que foram alvo de críticas: muitos populares aglomerados na orla da cidade, se refrescando no Rio Tocantins, sem máscara e alheios a todo o movimento feito pelas autoridades para aumentar o distanciamento social.
Leia mais:No sábado (27), descontentes com a medida que iria vigorar em dois dias, muitos comerciantes tomaram parte em uma carreta pelas ruas de Marabá cobrando mudanças no decreto e liberação de suas atividades.
ENTENDA
O prefeito Tião Miranda, de Marabá, assinou, na sexta-feira, 26, dois decretos: de Número 178 e 179. O primeiro restringia o funcionamento de órgãos da Prefeitura, de 8 às 14 horas, e o segundo proibindo o funcionamento do comércio em geral no período de 29 de março de 2021 a 5 de abril de 2021, com exceção daqueles considerados “essenciais”. Também fica proibido o funcionamento dos restaurantes, lanchonetes, pizzarias e congêneres.
Mas isso não se aplica aos restaurantes localizados às margens das entradas e saídas da circunscrição do município de Marabá, apenas para o fornecimento em marmitex, com o objetivo de alimentar os caminhoneiros que abastecem diariamente esta cidade, assim como às lanchonetes de rodoviárias.
O decreto permite que os estabelecimentos do comércio de um modo geral realizem vendas on-line, efetuando entrega em domicílio. A medida do prefeito Tião Miranda foi a mais firme entre as propostas apresentadas pelo Comitê Gestor das Ações contra o coronavírus em Marabá.
Mas no meio dos oito dias haverá dois feriados, que são exatamente os dias 2 e 5 de abril, Sexta-Feira Santa e aniversário de Marabá, respectivamente.
As escolas públicas e privadas também não poderão funcionar neste período, assim como faculdades, universidade, ensinos técnicos, cursos preparatórios livres e ensinos pré-vestibular de Marabá, ressalvada a possibilidade de ensino remoto.
A fiscalização e monitoramento quanto ao cumprimento das medidas apresentadas nos decretos ficarão a cargo da Vigilância Sanitária, com apoio dos órgãos de segurança municipal.
A grande novidade é que o prefeito colocou academias na lista de atividades essenciais, podendo funcionar com 30% da capacidade total. O gestor preferiu não usar a palavra lockdown, por considerá-la muito forte. Além disso, as medidas adotadas não proibirão as pessoas de saírem de suas casas.
As instituições religiosas deverão evitar o compartilhamento de folhetos, livros e revistas durante cultos, missas e eventos religiosos presenciais com público de até 30% (trinta por cento) da capacidade do local, respeitada distância mínima de 1,5 metro para pessoas com máscara, com a obrigatoriedade de fornecimento aos participantes de alternativas de higienização – água e sabão e/ou álcool 70%.
Fica proibido a partir de 12 horas (meio dia) o funcionamento do comércio em geral, inclusive supermercados, nos dias 4, 11, 18 e 25 de abril de 2021 (domingos). (Da Redação)