Correio de Carajás

Jacundá: Condenado por estupro e morte de mulher pega 20 anos

Antonio Lula Marques, de 37 anos, trabalhador braçal, foi condenado a uma pena em regime fechado de 20 anos de reclusão. A condenação saiu após 7 horas de julgamento. O conselho de sentença formado por 6 mulheres e um homem foi presidido pelo juiz de direito Edinaldo Antunes Vieira. O réu teve a defesa do defensor público José Erickson Ferreira Rodrigues, e na acusação atuou o promotor de justiça Sávio Ramon. Três jurados convocados não compareceram e vão pagar multa no valor de um salário mínimo.

Na primeira sessão do Tribunal do Júri do segundo semestre de 2018, foi a julgamento Antonio Lula Marques. Ele é acusado de assassinar com métodos cruéis a sua namorada Edileuza Ciriano Ribeiro no dia 31 de abril de 2016. A mulher estava desaparecida três dias antes. E o acusado já estava preso pelo crime de furto de um aparelho de som da residência da vítima.

Cinco testemunhas e informantes depuseram durante a sessão. Entre elas, uma irmã da vítima e outra do acusado. Diana Mendes dos Santos relatou que sua irmã era namorada do réu. “Edileuza estava com ele antes do desaparecimento”. Maria Marques, irmã de Lula, também chegou a ver os dois em momento de descontração.

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Mas, ao ser ouvido perante o Tribunal do Júri o réu Antonio Lula negou a autoria do crime. Disse que eram apenas amigos e jamais cometera tamanha brutalidade. “Sou inocente. Estive poucas vezes com ela”. Apesar das indagações do promotor Sávio, o réu manteve a explicação de ter confessado a autoria do crime após tortura policial. O defensor Erickson considerou difícil a defesa do acusado pelo fato haver contradições nos depoimentos do acusado.

Edileuza foi encontrada morta três dias depois do seu desaparecimento numa propriedade rural do município de Jacundá, a 10 quilômetros do centro urbano. Além do avançado estado de decomposição o cadáver apresentava sinais de espancamento, principalmente na face, estava despida e com sinais de ter sofrido violência sexual.

Condenado, Antonio Lula que cumpria prisão preventiva num presídio de Marabá continuará preso por quase 17 anos. Pelo homicídio, ele cumprirá uma pena de 14 anos. E mais 6 anos pelo crime de estupro. Ao ouvir a sentença, o réu chorou e pediu para se despedir de familiares. Em seguida foi conduzido novamente ao presídio. (Antonio Barroso – freelancer)