Depois da prisão dos três primeiros envolvidos no assassinato da ex-secretária de Turismo de Marabá, Vanuza Barbosa, e da filha dela, Jacsiane Barbosa, a Polícia Civil está à procura de Márcio Souza Pinto, conhecido como “Márcio Vaqueirinho”. Ele é apontado como o pistoleiro que matou as duas, na chácara de Vanuza, no Núcleo São Félix. O crime aconteceu em 29 de novembro do ano passado.
Natural do Ceará, “Vaqueirinho” foi visto pela última vez no interior do município de Pedreiras, no Maranhão, e antes disso esteve em Imperatriz, também no Maranhão. Ele tem conseguido uma alta mobilidade e já rodou também pelos Estados do Piauí, Amapá e Ceará, onde ele é considerado foragido de Justiça pelo crime de roubo, segundo explicou o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular do Departamento de Homicídios, responsável pela investiga e pelas prisões.
Ainda de acordo com o delegado, “Vaqueirinho” já trabalhou em duas fazendas de Marabá e de Bom Jesus do Tocantins, além de já ter sido preso no município de Irituia e ter passado também por Santa Izabel. O pistoleiro anda armado, é perigoso e quem der guarida para ele, poderá responder por crime de favorecimento próprio.
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Como a polícia foi soltando as informações a conta gotas, somente agora é possível definir o papel de cada um dos envolvidos, que foram presos em outras cidades, mas no final de semana já foram encaminhados para o sistema penal de Marabá.
Manoel Messias, o “Manelão”, ex-marido de Vanuza, que foi ao velório e lamentou sobre os caixões, é apontado como mandante do crime. Ele foi preso em Teresina (PI), na casa da namorada.
Em Mãe do Rio foi presa a travesti Jéssica (cujo nome de RG é Gerson Silva), que se dizia amiga das vítimas, mas é acusada de avisar ao pistoleiro o momento certo em que ele deveria ir lá para cometer o crime. Inclusive, no dia seguinte ao assassinato, Jéssica estava na chácara onde tudo ocorreu. Muito chorosa, ela não conversou com a Imprensa.
O terceiro preso, que inicialmente se pensava ser o pistoleiro, na verdade é a mulher de “Márcio Vaqueirinho”, identificada apenas pelas iniciais L. G. C., ela teria levado a arma para o marido cometer o crime.
Além disso, outras três pessoas foram presas, em flagrante, por posse de arma porque estavam no local onde a polícia cumpriu os mandados de prisão. Mas inicialmente essas outras três pessoas não são investigadas pelo duplo assassinato.
Embora o delegado Toni Vargas tenha dito, na sexta-feira, que o crime foi motivado por ganância, ciúme e sentimento de posse, ele ainda não deu detalhes sobre essa situação específica, porque os presos ainda não foram interrogados. (Chagas Filho)