Correio de Carajás

Parauapebas: Membros do Comando Vermelho filmam corpo após assassinato

Um vídeo que circula pelas redes sociais e que já está em posse da Polícia Civil de Parauapebas, mostra o corpo de Daniel Silva Santos, de 21 anos, logo após ser morto enquanto dormia no quarto da casa dele, na Rua Tocantins, no Bairro Altamira, no município.

A motivação da morte seria a disputa por território entre as facções criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV).

A vítima seria integrante do PCC e o vídeo, feito pelos assassinos, mostra o jovem executado e, em seguida, os criminosos saem gritando que integrante do PCC ‘foi pro sal’ e que eles, CV, ‘quando vão é para matar’. “Vai morrer PC…Nós vai dominar essa p..”, afirmam.

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Segundo testemunhas, os criminosos entraram no quarto arrombando a janela, por volta 12h40 de ontem, quarta-feira, 31, e ainda teriam dito que eram policiais. De acordo com o comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Jose Wilson, esse tipo de ação, como cortar cabeça, arrancar coração e filmar a morte do inimigo, é típico dessas facções criminosas, para mostrar domínio de território e intimidar os rivais.

Segundo ele, o serviço de inteligência da corporação está em campo fazendo o mapeamento dessas facções e identificar os integrantes em Parauapebas. “A gente vem realizando ações e devemos, com base em informações que estão sendo levantadas, realizar operações mais específicas contra o crime organizado”, ressalta o comandante.

O oficial observa que essas facções, que nasceram nos grandes centros como São Paulo (PCC) e Rio de Janeiro (CV) estão agora com ramificações em cidades de porte médio, como é o caso de Parauapebas, comandando assaltos a bancos, transportadoras de valores, tráfico de drogas e outros delitos.

“A Policia Militar está fazendo suas ações, como operações de combate ao crime, e estamos nas ruas sem medo, mas agindo dentro da lei”, diz. No caso desse crime, ele frisa que a Polícia Civil está investigando para tentar chegar aos autores da execução. (Tina Santos)