Correio de Carajás

Oitavas definidas e caminhos opostos

A definição dos confrontos das oitavas de final da Libertadores da América e o caminho dos 16 times que ainda disputam a maior competição de futebol do continente colocou os times brasileiros que estão do lado direito em um caminho mais difícil para chegar à grande final, enquanto os brasileiros que ficaram do lado esquerdo podem ter vida fácil, embora isso seja muito relativo em uma competição tão traiçoeira como a Libertadores.

A esquerda está de boas

Com as datas dos jogos definidas, do lado esquerdo ficaram Defensa Y Justicia X Flamengo (14/07); Olimpia X Internacional (15/07); Vélez Sársfiedl X Barcelona (14/07) e Cerro Porteño X Fluminense (13/07). Ou seja: muito possivelmente Flamengo, Inter ou Flu estarão nas semifinais.

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Na direita o bicho pega!

Já no lado direito, a situação é bem tensa. Os confrontos são Boca Juniors X Atlético-MG (13/07); River Plate X Argentino Juniors (14/07); São Paulo X Racing (13/07) e Universidad X Palmeiras (14/07). Ou seja, caso o Atlético passe pelo Boca terá provavelmente o River nas quartas, ao passo em que Palmeiras e São Paulo também devem duelar nas quartas. O nível nesse lado da chave é muito mais complexo.

Copa América no Brasil. Lá vamos nós!

Em publicação no Twitter hoje, o governo federal confirmou a realização da Copa América no Brasil. O ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Ramos, divulgou que a competição será disputada no país, um dia depois de escutarem o pedido da Conmebol e da CBF. Pouco antes, em evento da Fiocruz, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia indicado a realização do torneio no Brasil. Ele ressaltou que a Copa América seguirá os mesmos protocolos que já vêm sendo adotados nas competições da CBF e anunciou quatro sedes: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás. Todas elas foram confirmadas pela Conmebol posteriormente, mas a entidade não sacramentou os estádios.

Decisão gera desconforto

A decisão de realizar o torneio no Brasil gerou críticas por parte da Imprensa esportiva, de atletas estrangeiros e também de dirigentes. O técnico da seleção da Argentina, Lionel Scaloni, por exemplo, deu a seguinte declaração: “Se tivermos que ir, vamos jogar e tentar fazer o melhor possível na Copa. Mas há muitas incógnitas sobre acomodação. Sinceramente, ainda é alarmante e preocupante. O Brasil não é o lugar ideal”.

Há diferença? Há!

Muitos têm se perguntado: se há jogos do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, por que não se pode realizar uma Copa América? A resposta é simples: essas competições geram recursos para os times pagarem seus funcionários (não apenas os jogadores), já a Copa América é um evento privado da Conmebol e não vai gerar ganho esportivo para o governo brasileiro, cuja prioridade deveria ser outra neste momento. Enfim, a Copa América, no atual cenário, é um evento com o qual e sem o qual o futebol continuará tal e qual.