Correio de Carajás

O Brasil dá sono

Cochilei, acordei, cochilei de novo, levantei, lavei o rosto, bebi um copo d’água e repeti esse ritual umas quatro ou cinco vezes durante o jogo entre Brasil e Colômbia pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Não dá! Definitivamente não dá! Aquilo ali é tudo, menos um jogo de Seleção Brasileira. O placar de 0x0 foi nota para a atuação medíocre das duas equipes. Mas pouco me interessa a Colômbia.

Um suspiro de futebol

Mesmo quando entraram Antony e, principalmente, Raphinha, e o futebol brasileiro deu sinal de vida, foi só um sinal mesmo, só um suspiro. A seleção de Tite parece engessada, presa. Jogadores estáticos, presos a suas posições, sem triangulações, sem transição rápida, sem alma.

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É pouco

Quando a gente assiste a jogos das seleções europeias e vemos um futebol de alto nível, nos damos conta do abismo que há entre a América do Sul e os principais selecionados do Velho Continente. Alguém há de dizer: ah, mas quando as grandes seleções jogam contra o Brasil é “pau a pau”. É… pode ser. Mas é pouco.

 

Tite e seu blá blá blá

Mais chato do que o jogo são as entrevistas de Tite. Uma linguagem rebuscada, através da qual ele tenta se justificar, agarrando-se, ao fim, a números que não dizem nada, porque os números reais nas últimas Copas do Mundo mostram que o Brasil virou um time de quartas de final. Foi assim em 2006, 2010 e 2018. Apenas em 2014 o Brasil chegou na semifinal e, convenhamos, era melhor não ter chegado.

Um parêntese

Estou cobrando jogo bonito sim! E com resultado sim! O futebol é entretenimento. Deve ser algo que prenda o telespectador à frente da TV, do celular, do PC e o leve ao estádio. Se for algo sem graça, que graça tem?

O menino Ney

Não dá pra encerrar esse papo sem citar o menino Ney, nosso único craque! Ele anda em campo, segura a bola o quanto pode, tem uma necessidade irrefreável de fazer firulas e adora ficar deitado no gramado após sofrer uma falta, por mais simples que seja o lance. Outra coisa: ele não sai… nunca!

Neymar está mal de cabeça, segundo ele mesmo. Em entrevista à DAZN, disse que possivelmente esta seja sua última Copa, pois não aguenta mais futebol. Como amante do futebol arte, me dói essa declaração. Mas talvez eu concorde com ele. Vou mais além: se for pra jogar desse jeito, é melhor nem ir.

Talvez seja melhor o menino Ney curtir sua “bad” num luxuoso iate, com belas modelos, bancado pelos milhares de dólares que acumula em sua conta bancária. Curta sua riqueza e nos deixe com a nossa, que é o futebol brasileiro, jogado com arte, mas principalmente com amor, algo que não temos visto!