Futebol de Marabá ainda precisa evoluir muito. Não falo do nível técnico, pois temos muitos bons valores, entre jovens e veteranos, nas nossas praças de esporte. Digo que é preciso evoluir quando o assunto é maturidade. Eu quase não tenho acompanhado jogos, mas decidi ir à beira do campo assistir a um jogo da 2ª divisão. Fiz as devidas ressalvas ao analisar a partida: campo ruim, iluminação mais ou menos, jogo no meio de semana, com muita gente saindo do trampo direto para o campo. Enfim, dei um desconto pra rapaziada. Mas acabei me deparando com uma cena de agressão. Poxa vida!
Polícia em campo
Irei omitir o nome do jogador e também seu time, para não expor ninguém, já que vivemos em tempos de cancelamento nas redes sociais. Mas o fato é que o rapaz foi expulso após uma entrada violenta. De pronto, ao receber o cartão vermelho, ele partiu para cima do árbitro, agredindo-o com um pontapé. Foi necessário chamar reforço policial para que a partida pudesse ser reiniciada. Que papelão! Policiais que poderiam estar cuidando de crimes de verdade, tiveram de deixar seus afazeres para tomar conta de um malcriado.
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Não tem desculpa
Nos grupos de WhatsApp, houve quem defendesse a agressão, sob a alegação de que o árbitro é ruim, inverteu faltas, não expulsou o adversário em lances parecidos. Não tem desculpa!
Contar-lhes-ei uma breve história: em 26 de abril de 1998, numa decisão de Paulistão, o árbitro Javier Catrilli marcou dois pênaltis contra a Portuguesa, dando o título ao Corinthians. O primeiro pênalti foi questionável. Já o segundo, no último minuto, andou longe de existir. O zagueiro César dominou a bola no peito dentro da área e o juizão apontou para a cal. Era uma vez um Paulistão. Nem por isso o zagueiro agrediu o apitador.
Veja, o sujeito perdeu um título do campeonato estadual mais importante do País e não agrediu ninguém. Por outro lado, um rapazinho que joga no amador de uma cidade que fica no interior do interior do Brasil acha que tem que bater no juiz só porque foi expulso. É difícil lidar com o ser humano.