Foi identificado como José Airton Braga Lima, de 49 anos, o homem encontrado morto na entrada do Bambuzal da Marabá Pioneira, na manhã de ontem, segunda-feira (19). O corpo amanheceu caído do lado direito da via que dá acesso à Avenida Antônio Maia.
A Polícia Militar foi o primeiro órgão a chegar ao local e daí em diante a área foi isolada para tentar preservar, ao máximo, a cena do crime e afastar os curiosos. Em seguida, os outros órgãos da segurança pública foram acionados, como Departamento de Homicídios, da Polícia Civil, e também o Instituto Médico Legal (IML).
Conforme as primeiras informações divulgadas pela equipe da Delegacia de Homicídios que esteve no local, a vítima apresentava ferimentos na nuca causados por objeto contundente, como pedra ou pau. Os policiais também desconfiam, inicialmente, que José Airton pode ter sido morto em outro local e teve o cadáver desovado na entrada da Marabá Pioneira. Ele trajava calça jeans e tênis e estava bastante sujo.
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Durante toda a tarde e até início da noite de ontem o Correio de Carajás tentou obter do Departamento de Homicídios mais informações sobre o caso, afinal de contas foi o único assassinato registrado em Marabá no final de semana. Além disso, não é comum esse tipo de ocorrência na entrada da Marabá Pioneira.
A Reportagem procurou informações sobre o morto no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), mas não existem registros de nenhum processo criminal contra José Airton. Por outro lado, apurou que no dia 27 de maio deste ano, o Ministério Público determinou, por meio da 13ª Promotoria de Justiça, a instauração de Procedimento Administrativo para apurar suposta situação de vulnerabilidade de José Airton Braga Lima, apontado como pessoa com deficiência, que apresentava comportamento agressivo e não estaria aceitando os cuidados dos familiares.
Muito provavelmente no decorrer da semana, os familiares e pessoas mais próximas de José Airton devem ser ouvidos por um dos três delegados que compõem o Departamento de Homicídios de Marabá, na expectativa de descobrir informações sobre a vida pregressa da vítima. (Chagas Filho e Luciana Marschall)