Correio de Carajás

Mesmo na pandemia, APAE de Marabá celebra recentes conquistas

A sede da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Marabá está de cara nova. A revitalização da unidade iniciou em outubro/2020 e foi concluída agora em fevereiro/2021, vários ambientes da unidade passaram pela reforma e, deixaram o local muito mais aconchegante, tranquilo e seguro para seus usuários. Isso só foi possível graças verbas provenientes das emendas parlamentares executadas pelos vereadores do município, através do Projeto Transformando Para Melhor Servir, que arrecadou R$ 256 mil.

A diretora da instituição, Maria do Socorro Cavalcante, informou que a estrutura do local estava com algumas danificações, como a cozinha que estava precisando de reparos e o piso e o forro que precisava ser trocado. “A reforma aconteceu de uma forma que nem esperávamos. Conseguimos revitalizar muito mais ambientes, como o refeitório, banheiros, sala multiuso, além de termo feito a compra de equipamentos e mobílias novas”, conta emocionada.

Na próxima sexta (26) a direção da APAE irá apresentar ao poder legislativo a prestação de contas da reforma. De acordo com Socorro, a Secretaria Municipal de Planejamento, por meio da controladoria, estará presente, para acompanhar todo o processo de divulgação dos dados.

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“Eu costumo dizer que a APAE não se preocupa em receber, nossa grande preocupação é prestar contas. Deixar todos os projetos com transparência para que a sociedade saiba que a APAE recebe e aplica o dinheiro onde deve ser aplicado. Trabalhos com pessoas com deficiências e, eles merecem, um lugar adequado e eficaz para que possam se reabilitar da melhor maneira possível”.

Com um grande número de funcionários regidos pelo regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), ou seja, que possuem carteira assinada, as despesas da instituição são altas todos os meses e, a ajuda da sociedade e dos sócios-contribuintes é de fundamental importância para que esses compromissos sejam honrados.

Com um sorriso estampado no rosto, Socorro comemora, que no último dia 20 de fevereiro, a APAE foi contemplada com o Troco Solidário, arrecadação feita pela loja Havan.

A campanha da rede varejista tem o intuito de ajudar instituições filantrópicas de todo o país e funciona com um convite, realizado pelo operador de caixa na hora do atendimento, que pergunta se o cliente deseja doar seu troco, ou parte dele, para a campanha e ajudar uma instituição. Geralmente a loja escolhe uma instituição a cada 6 meses, porém, no ano de 2020, a filial da Havan de Marabá decidiu deixar a APAE como a entidade que seria contemplada com o apurado de todo ano 2020.

“Recebemos R$ 99 mil. O troco solidário veio do céu. Quando eu soube eu vibrei e, confesso, dobrei meus joelhos no chão e agradeci a Deus. Estávamos aflitos com alguns compromissos que precisavam ser pagos e, esse dinheiro, veio em boa hora. E eu já conversei com a gerente da loja e, estou pronta para prestar contas desse dinheiro”.

ATENDIMENTOS

As aulas na rede municipal de ensino em Marabá ainda não retomaram suas atividades, com isso, a área educacional da instituição também está funcionando de forma remota, onde cerca de 620 alunos estão recebendo suas atividades e fazendo os exercícios em casa.

O funcionamento do setor de reabilitação está sendo feito desde o dia 13 de julho, quando foram retomadas as atividades depois de alguns meses de paralização. Segundo a diretora, aqueles que tem condições de ir até a unidade, estão fazendo seu tratamento de forma segura, sendo realizado um atendimento por vez.

Trabalho da Apae em Marabá segue com adaptações na pandemia

“Estamos tomando todos os cuidados, trabalhando com muita cautela e, para nossa alegria, nenhum dos nossos usuários e colaboradores foram infectados pela covid-19. Tivemos muitas doações de epi´s, máscaras, álcool em gel. Então, todos os atendimentos estão sendo feito de forma segurança”, pontua.

“Além do tratamento de reabilitação, aqui a gente recebe amor e carinho”. É assim que Elizabete Costa Ferreira, descreve a instituição que frequenta há 23 anos, desde que nasceu seu filho, Fábio Ferreira Feitosa.

Quando descobriu que o filho tinha deficiência múltipla e intelectual, dona Elizabete afirma que ficou sem chão. “Eu não aceitava, fiquei muito nervosa, não sabia o que fazer. Mas através da APAE que conheci sobre o problema que meu filho possuía, os profissionais foram me explicando, me auxiliando e me dando orientação. Me acolheram e me deram forças ao longo de todos esses anos”, emociona-se a mãe, que diz que o cuidado dos profissionais é o mesmo esse tempo todo.

Com a pandemia e alguns meses sem frequentar a APAE, Fábio continuou fazendo exercícios em casa, com a ajuda da mãe. “Os profissionais nos ensinam alguns exercícios e movimentos que devem ser feitos em casa, então eu fui fazendo, não deixei ele ficar parado nenhum dia”. (Ana Mangas)