Correio de Carajás

Matadores de Paulinho vieram do Estado do Tocantins

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o assassinato de Paulo Marcelino de Almeida, conhecido como “Paulinho”. Ele foi raptado por dois homens na segunda-feira (8) e foi encontrado morto em uma vala na Estrada do Rio Preto, na quarta-feira (10), mas a família só fez o reconhecimento ontem (12). Imagens de câmeras de segurança podem ajudar a identificar os criminosos, que teriam vindo do Estado do Tocantins, contando com apoio de outra pessoa aqui em Marabá, segundo informou a polícia.

Segundo foi apurado até o momento, os dois indivíduos invadiram a residência da vítima, no bairro Novo Horizonte (Núcleo Cidade Nova), que estava na companhia apenas de seu filho de 3 anos. Segundo relatado feito pela própria criança, em escuta especializada com a psicóloga do Parapaz, informou que seu pai foi agredido por esses indivíduos que a todo tempo diziam que iriam matá-lo, bem como exibiam armas de fogo. Em seguida, os algozes deixaram a criança na escola por volta das 14h20 e tomaram rumo ignorado, levando a vítima Paulinho como refém.

De acordo com a polícia, o veículo VW, Polo HL AD, de cor branca de propriedade da vítima, foi devidamente inserido no cadastro nacional de veículos roubados/furtados.

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As imagens coletadas na escola onde a criança estuda, comprovam que, no dia e horários acima citados, o veículo da vítima estacionou em frente ao citado colégio, ocasião em que um homem desconhecido, que dirigia o veículo, desceu e entregou a criança na escola, dizendo à recepcionista que o pai estaria viajando, avisando que seria a mãe da criança que buscaria o menino no término da aula.

Ocorre que a Polícia foi noticiada de um corpo do sexo masculino enterrado em cova rasa na zona rural de Marabá, na região da estrada do Rio Preto, sendo solicitada remoção cadavérica e perícia de levantamento de local de crime, junto ao Instituto Médico Legal (IML).

Embora o corpo estivesse em início de putrefação, após necropsia, o cadáver foi reconhecido, sem sombra de dúvidas, por uma irmã da vítima, como sendo de Paulo Marcelino de Almeida, fato corroborado por outros elementos, sobretudo por uma tatuagem no braço com o nome e a data de nascimento do filho da vítima. (Chagas Filho)