Curso que tem base no Campus de Rondon do Pará, o Jornalismo (Comunicação Social) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará acaba de diplomar mais nove profissionais. Na mesma noite, em 30 de junho, foram 53 acadêmicos, ao todo, colando grau, somando-se os cursos de Administração e Contabilidade, todos ligados ao Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), implantado naquela cidade.
Curso implantado em 2018 no hall da Unifesspa, Jornalismo já havia formado a sua primeira turma e está na sua segunda diplomação, de forma que vai se consolidando. Um dos desafios, no entanto, ainda é o interesse e acesso maior dos jovens da própria cidade de Rondon e região. Grande parte dos acadêmicos ainda são oriundos de outras partes do Estado.
Isso talvez explique os nove formandos (sete da turma de 2019 e dois de 2018) em uma turma que iniciou com efetivo de 16 pessoas, tendo entre eles alunos oriundos de cidades como Marabá, Itupiranga e Bagre. Consultado sobre o ainda baixo número de formandos, o professor Marcelo Leite Barbalho, coordenador do curso, lembrou que estes dois anos sofreram forte impacto da pandemia de covid-19, que pode ter desmotivado parte dos estudantes, com a falta de aulas presenciais.
Leia mais:De outro lado, o professor admite que ainda há poucos estudantes naturais de Rondon ou daquela região, o que demonstra que ainda há uma dificuldade de aceitação e interesse por um curso tão importante. A estrutura do Jornalismo da Unifesspa é considerada uma das melhores da universidade. “É muito curiosa essa situação, pois temos uma estrutura muito boa, com laboratório de televisão, rádio, fotografia, jornalismo digital. Nossos equipamentos são muito bons, mas por algum motivo, ainda não parece um curso atrativo para os jovens da própria cidade”, respondeu ao CORREIO.
Na visão dos formandos, no entanto, a Turma Glória Maria, como se intitulava, deixa seu marco não apenas nos corações das alunas, mas na sociedade, virou símbolo de resistência à propósito, também alcançou o feito de formar a primeira aluna trans da Unifesspa, também com comemoração de diploma número 5 mil entregue, fez história, se tornou incentivo.
Jornalismo 2019 deixou seu legado de persistir mesmo diante dos empecilhos, das horas de viagem, da saudade de casa, do preconceito em lidar com uma profissão cotidianamente desvalorizada, mostrou acima de tudo que vale a pena seguir fazendo o que se gosta.
As formandas de 2019 são: Ana Lua Franco da Cruz, Kawane Ricarto, Mauremila Andrade, Clara Maia, Adria Sousa, Alexandra Manuela Ferreira e Camila Gusmão. (Patrick Roberto e Mila Andrade)