Reintegrado ontem, terça-feira (1º), ao cargo de prefeito do município de Jacundá, José Martins de Melo Filho afirma que pretende retomar o trabalho paralisado há mais de um ano, quando sofreu processo de cassação pela Câmara de Vereadores. Eleito, conseguiu reverter junto ao Poder Judiciário as duas cassações pelas quais passou.
Na segunda-feira, dia 1º, foi concedida liminar retornando-o ao cargo, sob multa diária de R$ 2 mil por dia caso o Poder Legislativo descumprisse a ordem. Em entrevista ao Portal Correio de Carajás, durante evento do qual participava no Centro de Convenções de Marabá na noite de ontem, informou que a primeira providência administrativa tomada foi a exoneração do secretariado.
“Isso é de praxe. Tenho novos nomes, já tudo pensado. Inclusive não parei em nenhum momento, dei continuidade em tudo aquilo que vinha fazendo mesmo estando fora. Todos os projetos que a gente tinha iniciado vamos dar continuidade”, afirmou. Citou como exemplo a Educação municipal, que já passou por greve de professores no início deste ano.
Leia mais:“Quando eu saí em fevereiro do ano passado fiz uma reunião com a classe e deixei tudo organizadinho, sentei com Sintepp. Agora, no início do ano, mudaram toda aquela estrutura que a gente tinha feito e começou a confusão. Vou sentar pra acabar com essa confusão porque quem perde não são professores e nem a administração, é a comunidade, os alunos e não podemos penalizar eles”, afirmou.
Sem citar nomes, criticou a equipe que vinha administrando o município, tendo à frente o vice-prefeito, Ismael Barbosa. “Quem não tem jeito pra coisa não entra na política. Eles não tinham trabalho comunitário e a política nada mais é que isso. Ser qualquer ente público nada mais é que trabalhar para a comunidade. Quando a pessoa começa a achar que é dona da coisa pública começa a se perder e foi o que aconteceu neste ano e pouco que passou”.
Sobre os processos de cassação que sofreu, declarou se tratar de uma onda que atinge vários municípios do estado do Pará. “Como não acontece apenas em Jacundá, essa onda pegou vários municípios do estado e ainda continua porque hoje na verdade o que menos manda é o prefeito, o prefeito é só saco de porrada”, desabafou. (Luciana Marschall)