Correio de Carajás

Jacundá: Greve afetará o ano letivo

Uma semana após o início do ano letivo nas escolas da rede pública municipal de Jacundá, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), por decisão da subsede local, deflagrou uma greve nesta quarta-feira, 13. A coordenação fez uma lista de reivindicação. E gestão da Secretaria de Educação tem ignorado diálogo com a categoria. A paralisação é por tempo indeterminado.

O entrave entre Sintepp e Semed começou ainda no ano passado. No mês de novembro, reta final do ano letivo de 2018, houve uma greve que afetou mais de 10 mil alunos matriculados na rede municipal. No entanto, a Prefeitura de Jacundá ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado (TJE) e teve ganho uma liminar que considerou abusiva a greve. Os grevistas retornaram as salas de aulas no mês de janeiro para finalizar as notas dos estudantes.

As aulas de 2019 começaram oficialmente no dia 5 deste mês. Um dia depois, o Sintepp publicou um “estado de greve”, o que é legalmente permitido em lei. O coordenador local do sindicato, Tony Gomes, ouvido pela Reportagem, afirmou que a greve teve início com uma manifestação com mais de duzentos servidores em frente a Secretaria de Educação (Semed) “e uma caminhada pela principais ruas da cidade teve o intuito de mostrar à sociedade quais os nossos direitos”.

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Até o momento a Semed não emitiu manifestação verbal ou escrita. A secretária de Educação, Leila Barbosa, geralmente utiliza as redes sociais ou site da secretaria para se manifestar.

O Sindicato emitiu a seguinte nota:

Diante da aplicabilidade de medidas que rasgam nossas leis do sistema de ensino e consequentemente, penalizam os educadores de Jacundá, como:

– Redução da Jornada e Salário de Professores, em casos de até 50% do vencimento final. Isso sem contar, os compromissos financeiros, como: Empréstimo Consignados, entre outros. No pagamento do mês de janeiro nem o piso salarial nacional foi considerado. Este foi pago considerando semente 15 dias;

– Transtornos nas escolas e educadores/as em decorrência de uma “lotação de gabinete”, sem a participação dos órgãos representativos da Educação, como Sintepp e Conselho de Educação. Causando, inclusive, prejuízos ao andamento do ano letivo e aos alunos com falta de aulas constantes em escolas que apresentam ainda lotação indefinida;

– Transtornos com o excesso das demandas das nossas serventes e merendeira, que antes trabalhavam 06 horas corrida, agora sendo obrigadas a trabalharem 08 horas. Sem gratificação de insalubridade, sem aumento salarial, sem se quer considerar as particularidades individuais;

– Assistentes Administrativos sem reajuste salarial na data base. Nunca tiveram!

– Não reconhecimento da legitimidade do Sindicato em representar a categoria. Ameaça a organização da entidade;

– Autoritarismo e truculência de uma gestora que centraliza as decisões e impossibilita qualquer tentativa de diálogo que venha debater alternativas para as problemáticas educacionais. (Antônio Barroso – freelancer)

SEM RESPOSTA

Até o momento a Semed não emitiu manifestação verbal ou escrita. A secretária de Educação, Leila Barbosa, geralmente utiliza as redes sociais ou site da secretaria para se manifestar.

(Antônio Barroso)