A Prefeitura Municipal de Marabá informou nesta tarde, sexta-feira (12), o afastamento do médico obstetra João Batista Lopes por tempo indeterminado do Hospital Materno Infantil (HMI), localizado na Marabá Pioneira. Ele está sendo investigado após a parturiente Elisandra Pessoa da Silva sofrer lesão na bexiga depois de um procedimento de parto cesariano.
De acordo com a assessoria de comunicação da administração municipal, o afastamento foi decidido pelo Comitê de Ética Médica do HMI devido a “procedimentos executados fora da conformidade e para uma melhor investigação e apuração dos fatos ocorridos recentemente”. O comitê técnico, segundo a PMM, irá proceder uma auditoria interna para analisar o caso da paciente, assim como outras denúncias sobre o atendimento aos pacientes.
Elissandra foi atendida no HMI na manhã do dia 24 de março, na 38ª semana de gestação. Após exames preliminares, foi encaminhada para sala de parto, onde foi realizada a cesariana por volta das 16 horas do mesmo dia. Após o parto, a paciente foi mantida na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até a manhã do dia seguinte, 25 de março, em decorrência da lesão sofrida.
Leia mais:Ontem, quinta-feira (11), em diversas páginas marabaenses no Facebook e em grupos de WhatsApp circulou a informação de que um recém-nascido havia morrido por negligência médica na mesma casa de saúde. O caso, entretanto, não foi registrado junto à 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, o corpo não foi removido ao Instituto Médico Legal (IML), familiares não realizaram denúncia e a Prefeitura Municipal não confirmou morte por negligência.
Neste ano, o Portal Correio de Carajás já divulgou notícias relacionadas a mortes que levantaram suspeitas em familiares e registradas na casa de saúde. Na nota divulgada nesta sexta, a PMM acrescentou que o HMI “ressalta seu compromisso com a completa transparência dos procedimentos e apuração, quando necessária, para qualquer servidor que venha a cometer atos que vão de encontro às normas médicas estipuladas. Ao mesmo tempo que solicita aos pacientes que comuniquem imediatamente à direção do hospital quaisquer casos de mau atendimento”. (Luciana Marschall)