Correio de Carajás

Futebol de luto

Raimundo Coelho de Souza, mais conhecido como “Dijé”, considerado por muitos como um dos melhores jogadores da história do futebol amador de Marabá, morreu em consequência de um AVC. O óbito foi confirmado na tarde desta sexta-feira (20), no Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP). A bem da verdade, “Dijé”, que jogou muitos anos como zagueiro, mas também como lateral, no começo da carreira, sofria de problemas trenais, diabetes e doença cardíaca. Destacou-se na Sociedade Esportiva Amapaense (SEA), Acrob, Estrela de Ouro e Clube Atlético Marabá (CAM).

Velhos tempos

“Dijé” viveu um tempo no futebol marabaense que jamais voltará. Era um tempo em que se destacar na Primeira Divisão, ou “Lá embaixo”, como chamavam os antigos, era o máximo que se podia alcançar. Foi um tempo de craques mesmo! Fico pensando se “Dijé”, James, Deca, Iran, Djalma, Cabo William, Josari, Oberdan, Sobrinho, Saraiva, Domingos e tantos outros (com perdão de quem eu esqueci) tivessem 18 anos de idade hoje, talvez nem seria preciso contratar ninguém para o Águia de Marabá.

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Novos tempos

Hoje em dia, os jovens mais talentosos já pensam diferente: a ideia é ser profissional. Jogar na Primeira é uma consequência e só se receberem para isso. Os tempos mudaram, mas aquela geração, de “Dijé” e companhia, já está na histíoria do futebol marabaense. Quem viu, viu!

Tudo mudou

Lembro-me muito bem que nas nossas peladas no “campo da 30” e no “Piçarrão”, era proibido alguém da “primeira” jogar. Se fosse visto brincando com a gente (meros peladeiros), a bronca era certa. Hoje tudo mudou, o nível ainda é bom, mas caiu, porque os melhores hoje miram o futebol profissional.

Paradão 2023

É lamentável que o futebol brasileiro ainda seja tratado como se várzea fosse. Essa paralisação do Campeonato Paraense, antes mesmo de começar, é um absurdo sob todos os aspectos. Nota “zero” para a FPF, nota “zero” para o STJD. Francamente!

 

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.