Foragido desde agosto do ano passado, o guarda municipal Alexsandro Caldas Pó, que responde por vários crimes, inclusive homicídio, foi condenado por porte ilegal de arma de fogo pelo juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 2ª Vara Criminal de Marabá. A sentença é de novembro do ano passado, mas foi publicada na edição de hoje, terça-feira (8), do Diário Oficial do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Pará, em janeiro de 2016 Alex Caldas foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal portando um revólver calibre 32, com seis munições intactas, sem permissão legal. Ele estava no terminal rodoviário da Folha 32, Nova Marabá, quando os agentes federais receberam a denúncia de haver alguém armado no local.
Durante a instrução processual, por ser considerado foragido de Justiça, Alex Caldas não pode ser ouvido. Na decisão, o juiz avaliou merecer maior reprovabilidade a prática do crime por parte de agente público e que as circunstâncias foram mais gravosas, pois o acusado portava a arma de fogo em uma rodoviária, local de grande movimentação.
Leia mais:A pena dele foi definida em dois anos e oito meses de reclusão. O regime de cumprimento de pena será inicialmente o semiaberto. O magistrado destacou, ainda, que o réu é agente público inscrito nos quadros da Guarda Municipal e atualmente é réu em três outros feitos criminais apenas em Marabá, sendo que um refere-se a suposta prática do crime de homicídio.
FUGA
Até agosto, Alexsandro Caldas Pó estava preso Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (Crecan), localizado em Santa Izabel do Pará, na Região Metropolitana de Belém em decorrência de outro processo. Ele foi conduzido para Marabá a fim de participar de uma audiência de julgamento no dia 3 daquele mês.
Na noite anterior, dia 2, no entanto, ele simplesmente pulou um muro e fugiu poucas horas após chegar na cidade. Alexsandro havia sido preso em março , pela Polícia Civil, suspeito de envolvimento na morte de Naiara Vieira Ribeiro, de 25 anos, ocorrida em outubro de 2017. No mesmo caso é acusado outro agente da Guarda Municipal, Rômulo Passos Soares, que está preso, já foi pronunciado e será levado à Júri Popular. (Luciana Marschall)