O Departamento de Postura, com apoio da Guarda Municipal de Marabá, interrompeu a demarcação de pontos em um canteiro público da Folha 11, Nova Marabá, na tarde desta sexta-feira (30). Jurandir Rodrigues, de 50 anos, era uma das pessoas que mobilizava a futura ocupação, alegando terem sido deixados de lado pela Prefeitura Municipal na distribuição de espaço em uma feira criada recentemente no bairro.
“Eu e um grupo de pessoas estamos tentando nos juntar à feira que fizeram porque as vagas foram poucas e tem muita gente pra trabalhar, tem muita gente desempregada. Aí começamos a marcar outros pontos”, disse, acrescentando que foram tratados com desrespeito pelos representantes municipais.
“O cidadão da Prefeitura Municipal de Marabá chegou aqui tratando todo mundo mal, voltou com a Guarda Municipal, só estávamos marcando aqui os pontos e pegando os nomes das pessoas para podermos trabalhar. Em torno de 60 pessoas não foram beneficiados. Tem muita gente lá que não ganhou, não deu pra todos e não querem deixar fazermos aqui”, afirmou.
Leia mais:Reginaldo Araújo Nascimento também reclamou da abordagem dos servidores municipais. “Em nenhum momento fomos agressivos e eles chegaram com a polícia, era só ter conversado com a gente, todo mundo aqui é civilizado. Polícia a gente chama pra bandido, aqui todo mundo tá desempregado, caçando meio de trabalhar”, afirma.
Reclamou, ainda, de falta de apoio e interferência dos vereadores em favor dos feirantes. “A fiscalização chega então eles sabem que estamos aqui. A gente vota neles e nessa hora não aparece nenhum vereador para nos defender, ninguém tá roubando e nem quebrando nada, não somos vândalos. A PMM fez o aterro e não beneficiou todo mundo, muita gente fez o cadastro e não foi contemplado”, observou.
Ouvido pelo Jornal Correio, o coordenador de Postura, Túlio Rosemiro Pereira, disse que a ocupação é irregular e por isso foi desmobilizada. “Eles estão invadindo o canteiro central, isso não tem lógica e nem sentido. Estão tentando fazer uma feira sendo que já tem área pra feira, é suficiente e aqui estão vendendo ponto. Uma delegada esteve aqui e eles ofereceram um ponto para ela, ela que denunciou essa questão”.
Ainda segundo ele, trata-se de uma “invasão irresponsável”, vez que o capim foi arrancado. “O asfalto vai embora porque ele (capim) que segura a contenção”. Acrescentou que já há área autorizada no local e que para ser testada como feira. “Vamos tentar fazer esta feira para ver se dá certo, se não der vamos tirar também. A intenção é que dê certo”.
Questionado sobre os feirantes que ficaram sem ponto, Túlio afirmou que “nunca será suficiente para todos”. “Estamos retirando o que está em praça e via pública e não vamos permitir nada ilegalmente. Pra tudo tem limite, a quantidade é aquela e pronto, não tem como perder o controle e não pode invadir, se invadir vamos retirar novamente”, finalizou. (Com informações de Adriana Oliveira)