Correio de Carajás

Execução de ‘Astrinho’ é alvo de investigação

Esta semana, o delegado Toni Vargas, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá, vai começar a tomar o depoimento de pessoas próximas ao comerciante Astro Pereira Oliveira, de 48 anos, que era conhecido como “Astrinho”. Ele foi executado na manhã do último sábado (11), nas margens da Rodovia BR-222, em frente ao Residencial Tiradentes, quando saía de casa em direção ao seu comércio localizado na Rua Murumuru, em Morada Nova.

Ouvido pela reportagem do Jornal CORREIO no local do crime, o cabo Joelson, da Polícia Militar disse ter sido acionado pelo Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190) por volta das 7h45. O que eles colheram de informação no local é que dois indivíduos em uma motocicleta abordaram a vítima, que também estava de moto, quando esta ia entrar na rodovia, e efetuaram vários disparos.

Ainda conforme o relato da PM – a partir de informação de testemunhas –, quando Astrinho caiu alvejado pelos primeiros disparos, o pistoleiro que estava na garupa da moto desceu e efetuou mais tiros na direção da cabeça da vítima, para se certificar de que o “serviço” estava feito. Os criminosos fugiram em sentido ignorado.

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Na Polícia Civil, uma testemunha – cuja identidade será preservada – contou que estava na porta de sua casa, por volta das 7h40, quando escutou o primeiro tiro. Ela se aproximou um pouco e viu, meio de longe, quando um pistoleiro estava atirando em Astrinho já caído, mas a testemunha não conseguiu fornecer para a polícia detalhes que seriam importantes como características físicas dos matadores ou mesmo alguma identificação da motocicleta usada por eles.

Astrinho tinha um comércio em Morada Nova. Era para lá que ele ia quando foi morto/ Foto: Evangelista Rocha

PRISÃO

Para quem não se lembra, Astrinho havia sido preso no dia 18 de março, acusado de envolvimento em uma tentativa de homicídio contra o sargento da reserva do Exército, Romildo Ribeiro, conhecido como “Funga”, de 56 anos, crime ocorrido no dia 26 de fevereiro deste ano. Mas no último dia 16 de abril Astrinho conseguiu o direito de responder ao crime em liberdade.

Ele era apontado nas investigações da Polícia Civil como o homem que contratou os dois pistoleiros para matar o sargento, a mando de um fazendeiro da região. Acontece que o sargento da reserva acabou escapando da emboscada.

Perguntado se existe alguma relação entre o assassinato de Astrinho e a tentativa de homicídio da qual ele era apontado como contratante dos pistoleiros, o delegado Toni Vargas disse que ainda é muito cedo para fazer qualquer ilação entre os dois crimes e ponderou que todas as linhas de investigação serão analisadas com extremo cuidado. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

SAIBA MAIS

Mais uma vez o delegado Toni Vargas solicitou a quem tiver informações que ajudem a polícia nas investigações desse crime e de outros mais que aconteceram em Marabá, que entre ajude por meio dos telefones do Disque Denúncia: 3312-3350 e 98198-3350 (WhatsApp) ou pelo aplicativo “Disque Denúncia Sudeste do Pará”.