Uma parte dos manifestantes que aderiu à greve pela educação já se concentra neste momento no Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), na Folha 31, Nova Marabá, em frente à feira da Folha 28. No local há principalmente estudantes, professores e técnicos que se preparam para sair às ruas do núcleo em caminhada.
“Estamos concentrados para fazer um grande ato contra os cortes na educação promovidos pela atual gestão do Governo Federal. Serão cortados recursos para investimentos, bolsas, pesquisas, atendimentos aos estudantes, atividades de pesquisa, ensino e extensão e, além disso, a Unifesspa corre o sério risco de não conseguir finalizar o quarto semestre de 2019”, destaca a professora Cynthia Marques, membro do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Sul e do Sudeste do Pará (Sindunifesspa).
De acordo com ela, ontem, segunda-feira (12), o reitor da Unifesspa, Maurílio Monteiro, conversou com a comunidade acadêmica e atualizou a situação vivida pela instituição. “É crítica, é momento da gente se unir em prol da educação, do ensino público e gratuito no Brasil e em Marabá”, comentou. Saindo do Campus I, os manifestantes darão uma volta pela Folha 28 e retornarão ao mesmo ponto.
Leia mais:Para Cyntia, é hora da comunidade não acadêmica, mas que preza pela garantia de ensino gratuito, se unir às manifestações. “A universidade que eu vivi meus alunos não vivem mais porque elas (instituições) vêm perdendo prestígio. O ensino gratuito precisa ser garantido pelo Governo Federal para a população, para o filho do trabalhador, para todos nós, independente de classe, gênero, raça, posição política”, diz.
Ela destaca que o Brasil trilha caminho para privatização das universidades públicas, ao modelo dos Estados Unidos. “Se observarmos, o filho da família tradicional americana não vai para a universidade, só vão aqueles que são de famílias com nome e tradição. Não podemos copiar esse modelo porque acreditamos que todos devem ter acesso à educação e gratuita, sem pagar nada e sem precisar financiar estudos porque já pagamos impostos e taxas para o Governo Federal e ele precisa retornar isso para os nossos filhos e para as próximas gerações”, finaliza. (Luciana Marschall – com informações de Chagas Filho)