Correio de Carajás

Estudantes brancos organizam “leilão de escravos” com colegas negros

“O amigo do meu filho saiu por 350 dólares", contou a mãe de uma das vítimas. Caso ocorreu nos Estados Unidos

Alunos brancos da escola JS Waters School, na Carolina do Norte, Estados Unidos, promoveram um “leilão de escravos” com estudantes negros do centro de ensino, de acordo com informações do jornal New York Post. Entre os 195 discentes do colégio, 68% deles são brancos.

Estudantes negros eram colocados à venda enquanto os brancos participavam, apresentando lances. O caso ganhou repercussão após Ashley Palmer, mãe de uma das vítimas, denunciar a ocorrência por meio do Facebook no dia 4 de março.

“Nosso filho passou por um leilão de escravos pelos colegas de classe e, quando nos revelou, fomos informados de que esse tipo de coisa parece ser a norma. Tanto que ele achou que não valia a pena compartilhar”, escreveu Palmer em uma publicação.

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“Seu amigo saiu por US$ 350 e outro aluno era o slavemaster (mestre de escravos), porque ele sabia como lidar com eles”, disse Palmer. “Desde quando as crianças são tão descaradamente racistas? Por que essa cultura é aceitável?”, questionou a mãe do jovem negro.

Ainda segundo Ashley, os alunos que participaram do leilão receberam apenas uma suspensão de 24 horas. Na segunda-feira (14/3), o superintendente das escolas públicas da região, Anthony Jackson, pediu desculpas pelo ocorrido e ordenou ações imediatas para evitar que casos semelhantes se repitam.

“Quero pedir desculpas a todos os alunos que já se sentiram inseguros sob nossos cuidados, a todos os alunos que já se sentiram humilhados, desrespeitados ou marginalizados por causa de sua raça, etnia, sexo, gênero, religião ou deficiência”, disse Jackson.

“Ações como essas simplesmente não refletem quem somos como sistema escolar e não serão toleradas. Aqueles que participam de atos que rebaixam qualquer pessoa estão agindo fora dos valores do nosso sistema escolar e serão responsabilizados usando todos os meios à nossa disposição”, continuou.

“Por mais doloroso que tenha sido ouvir alguns desses relatos, quero agradecer àqueles que tiveram a coragem de dar um passo à frente e falar a verdade”, concluiu ele.

(Fonte: Metrópoles)