Correio de Carajás

Esfaqueado na Folha 6 sobrevive e polícia caça suspeito

Mais uma vez a cidade de Marabá ganha destaque pela violência. Desde a tarde de domingo circulam pelas redes sociais vídeos de um esfaqueamento ocorrido no balneário da Folha 6 (Nova Marabá). A cena de violência, que ocorre em meio a uma aglomeração regada a bebida alcoólica em excesso, foi seguida pela destruição do carro do acusado, que foi incendiado por populares revoltados. A única notícia boa de toda essa barbárie é que o rapaz esfaqueado, Eli Gabriel de Sousa Lima, de 21 anos, sobreviveu, mesmo tendo sido atingido seis vezes, inclusive com perfuração do pulmão.

Na noite de ontem, ele foi fotografado se alimentando no Hospital Municipal de Marabá (HMM) para onde foi levado por populares logo depois do esfaqueamento.

Ontem à noite, aparentemente recuperado, Eli já se alimentava no HMM

Já sobre o acusado, muitos rumores se espalharam na cidade desde o domingo, inclusive de que o agressor seria funcionário de uma siderúrgica. Mas até ontem nada disso havia sido confirmado oficialmente, pois a Polícia Civil ainda não tinha obtido a identificação dele.

Leia mais:

Porém, pela perícia feita no veículo do acusado (com a numeração do chassi), será possível descobrir em nome de quem está o carro e, consequentemente, identificar o autor das facadas, que fugiu de moto do balneário, enquanto a vítima era socorrida pelos amigos.

Segundo o delegado Vinícius Cardoso das Neves, a desavença entre vítima e acusado, que resultou na tentativa de homicídio, foi motivada porque a vítima teria flertado com uma mulher que estava na companhia do agressor. Outro ingrediente fundamental para que a situação quase terminasse em tragédia, segundo o delegado, é o elevado consumo de álcool.

Ainda de acordo com o delegado Vinícius Cardoso, o acusado das facadas – quando qualificado – deve ser indiciado pelo crime de tentativa de homicídio.

O policial fez questão de deixar bem claro que Marabá tem muitas áreas de lazer, que acabam se tornando palco de violência, de modo que a polícia sozinha terá dificuldade de coibir esse tipo de situação, por isso ele pede que a população colabore com o trabalho dos órgãos de segurança. (Chagas Filho)

SAIBA MAIS

A reportagem do Correio de Carajás e TV Correio voltou ao local da confusão na manhã de ontem e o veículo ainda estava lá (ou pelo menos o que sobrou dele), já dentro do rio. O cenário era de pós-guerra, com garrafas quebradas, vidros queimados e manchas de sangue na beira do rio, sob o olhar atento de crianças que brincavam com os destroços e comentavam a respeito de toda a violência que presenciaram.

Ontem de manhã, a lataria do carro ainda “banhava” no Rio Tocantins