O estudante de Parauapebas João Vitor vai enfrentar neste final de semana o que para ele é a pior fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): Linguagens e Humanas. Neste domingo, dia 3, a prova é composta de Redação, 45 questões de Linguagens e Códigos e 45 questões de Ciências Humanas.
“Basicamente tenho muita dificuldade em relação a Linguagens e Humanas, diferente de Naturezas e Matemática, que eu tenho mais facilidade. A Redação me assusta um pouco em relação à contextualização”, comenta, destacando que arma contra a dificuldade é estudar e praticar.
“Todo final de semana, no sábado, tento fazer um simulado com 90 questões e a maioria relacionada a Linguagens e Humanas, minha maior dificuldade. Eu tentava fazer duas Redações por semana e agora estou fazendo três”, diz. Conforme ele, estes últimos dias estão sendo voltados ao relaxamento e revisão. “Revendo o básico para contextualizar a Redação, lendo alguns filósofos…”.
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Conforme ele, não é hora tentar aprender algo novo. “É praticamente revisar o que você já sabe e tentar descansar ao máximo, não ultrapassar a carga horário”, afirma, acrescentando que já prestou dois vestibulares e o que mais o atrapalhou foi o nervosismo e a ansiedade, portanto, desta vez, está focado em ‘respirar e seguir’.
A colega, Ana Clara, por sua vez, diz que nesta última semana também está tentando trabalhar bastante a calma e o tempo de prova, além de revisar apenas os assuntos que não conseguiu fixar bem durante o ano.
A professora de Português de ambos, Maria Raquel Batista Silva, diz que uma base estruturada é o que ajuda os estudantes a fazerem a prova com maior tranquilidade. “A gente está fechando um ciclo, a gente tem consciência que a gente fez o melhor e o tempo inteiro na nossa escola o investimento é na base. A gente incentiva a leitura, a gente faz práticas orais, a gente tem um trabalho incansável para produção e reescrita de textos”, defende.
Nesta semana última semana, destaca, o trabalho com Linguagens está focado nas revisões. “Os alunos estão fazendo revisão através dos cadernos do Enem de anos anteriores e estamos separando os finais das aulas para tirar as últimas dúvidas deles”, afirma, destacando a importância dos inscritos no Enem alimentarem-se bem e terem horas satisfatórias de sono antes da prova.
REDAÇÃO
A Redação e a prova de Linguagens, que é o terror da maior parte dos inscritos no Enem, requer extrema atenção, observa Maria Raquel. “Leia com bastante atenção todas as questões, analise a proposta da Redação para não tangenciar e muito menos fugir ao tema e organize bem a introdução. As pessoas acham que difícil é concluir o texto, mas a gente investe muito aqui na introdução que, bem feita, garante uma produção de qualidade”, afirma.
Ela lembra que o título não é obrigatório, então pode ser que não valha a pena investir nele. “É importante ter claro que o texto tem que obedecer aos critérios das cinco competências”. Já Luceli Matos orienta que caso o candidato não se sinta seguro com o tema, passe para a leitura de algumas questões do caderno de Linguagens.
“Umas 20 questões e então fazer um plano de texto com tudo definido, sua tese, seus argumentos e a proposta de intervenção, o mais seguro para que tenha um texto completo, e então reproduzir o texto, focado na argumentação, fazendo citações, alusões. Depois de formular o texto, ler com atenção, procurando erros gramaticais, palavras incompletas e então passar o texto a limpo, com segurança e dominando o tempo porque se demorar muito nesta etapa toma muito tempo das outras questões”, explica.
Para evitar zerar a redação, ela destaca que não se deve fugir ao tema, que é necessário limitar-se ao tipo textual dissertativo-argumentativo e não se pode copiar trechos dos textos motivadores. “Pode parafrasear, mas não pode copiar nenhuma linha e tem que escrever mais de oito linhas, mas se escrever apenas oito sabemos que não tem como abranger tudo, então o melhor é fazer completo e aproveitar o espaço. Por fim, de maneira alguma fazer rabiscos, tem que estar limpo, em caso de erro apenas um traço na palavra errada”.
Ela ressalta, ainda, que o candidato não esqueça de imprimir o cartão de confirmação de inscrição, chegue cedo ao local, leve caneta preta transparente e água. “Se é acostumado a lanchar pode levar um lanche discreto, sem barulho, e ler a prova com bastante atenção”, encerra. (Luciana Marschall e Gabriela Penalber)