Com o anúncio, pelo governador do Pará, Helder Barbalho, das novas medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 em território paraense, donos e funcionários de academias de Parauapebas, que ficarão fechadas pelos próximos sete dias, decidiram protestar nesta quarta-feira (10).
Conforme o novo decreto, serão mantidas as regras vigentes na última semana, com algumas alterações, dentre elas, o fechamento também de cinemas e a restrição de horário de funcionamento do comércio e da circulação de pessoas.
Wilker Souza, personal trainer e proprietário de academia há seis anos, afirma ser revoltante ver abertos restaurantes e outras atividades não consideradas essenciais enquanto os locais de treinamento físico fecham as portas.
Leia mais:“Restaurantes estão abertos com limitação de horários e aqui, onde se promove saúde, estamos fechados. Casa lotérica, tudo funcionando normal. Eu tenho toda minha equipe que tá aqui, precisa de mim, precisa do salário e eu estou sendo impedido de trabalhar e dar o sustento da família dos meus colaboradores”, reclama.
Conforme ele, a Comissão das Academias de Parauapebas está reunida com representantes do Poder Municipal pedindo interferência para que seja reavaliada a decisão estadual. “A reivindicação é básica. A gente tá pedindo pra trabalhar normalmente. Pode ter restrição de horário, o uso de máscara, que a gente sempre usou, mas que possamos abrir porque a academia promove a saúde e tem muitos lugares que não promovem saúde e estão funcionando”, reitera.
Wilker destaca que o movimento não abre mão de uma mobilização mais contundente caso não seja atendida e cita a possibilidade de serem fechadas as entradas e saídas do prédio da Prefeitura Municipal. A Guarda Municipal permanece realizando a segurança do espaço.
“Dependendo de como se der a conversa a gente decide se a nossa manifestação continua. No ano passado a gente passou três meses de portas fechadas. Imagine o prejuízo disso até para o estado”, finaliza.
Nesta terça-feira (9) Parauapebas confirmou 152 novos casos de pessoas com covid-19 e 244 óbitos, além de 63% da taxa geral de leitos ocupados. Dentre as vagas de UTI do SUS há 80% de ocupação e 75% dos leitos de enfermaria. A taxa de ocupação de leitos de UTI particular é de 61% e de enfermaria é de 44%.
O Correio de Carajás entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Parauapebas, mas até o momento não houve posicionamento sobre o caso. (Luciana Marschall e Rayane Pontes)