Desde o final da noite de quarta-feira (5), o nome do agente de trânsito Etervan Ferreira Sousa está circulando em grupos de WhastApp. Na acusação de quem divulgou os áudios, consta que Etervan estaria fazendo uma “casinha”, ou seja, armando para pegar motoristas de aplicativos que não estão regulamentados no município, como a Uber e 99.
Jocenilson Silva, diretor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), afirmou que ficou sabendo da situação na tarde de ontem (6) por volta das 12h, onde já começou a tomar as devidas providências.
“O departamento não comunga com essa prática e vamos tomar as providências. O agente está sendo difamado e lesado”.
Leia mais:Segundo o diretor, Etervan acionou um aplicativo credenciado no município. “Esse motorista foi infeliz em divulgar o print da conversa de forma leviana. Ele saiu espalhando áudios que comprometem o agente de trânsito”.
Boletim de Ocorrência
Na manhã desta sexta-feira (7), Etervan Ferreira Sousa compareceu à 21ª Seccional de Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
De acordo com informações repassadas às autoridades policiais, o veículo do motorista, identificado como Erick, estava em um Gol da cor branca, que está em nome de Bernarda Pontes do Nascimento.
Sousa informou que o motorista, ao ver sua foto no aplicativo, perguntou se ele era agente de trânsito. Tendo a confirmação, o motorista cancelou a corrida e foi para as redes sociais relatar que o agente estava fazendo “casinha”.
“Ele ficou a três quadras da minha casa e quando viu minha foto, cancelou a corrida. Começou a espalhar que o veículo dele tinha sido guinchado. Posteriormente, comecei a receber várias mensagens de pessoas amigas, pois eu estava recebendo ameaças de morte. Minha mãe e minha filha ficaram em estado de sítio”, afirma Sousa, em entrevista ao CORREIO na sede do DMTU na manhã desta sexta-feira.
O agente finaliza afirmando que o motorista terá que provar que ele e o departamento de trânsito estariam fazendo “casinha” para apreender o veículo da plataforma. “Ele usou de má fé. Um cidadão não faz isso, colocar a sociedade contra fiscais que trabalham conforme a lei”.
Fiscalização
Com as mudanças da lei 17.949/2019, que trata da criação da atividade de transporte de passageiros por aplicativo em Marabá, Jocenilson afirma que o departamento apenas cumpre o que está escrito na lei.
“Nós somos um órgão fiscalizador. Alguns motoristas de aplicativo que não estão cadastrados nas plataformas e estão fazendo esse transporte de passageiros por aplicativo, sofrem as sanções da lei. Nós não estamos perseguindo o trabalhador”, finaliza Jocenilson. (Ana Mangas)