Correio de Carajás

Dia Internacional da Cerveja é nesta sexta; confira curiosidades

O happy hour desta sexta-feira(3) será ainda mais especial. Sabe por quê? A data celebra o Dia Internacional da Cerveja. Criada há mais de 10 anos na Califórnia (EUA) por um grupo de quatro amigos e apreciadores da bebida, a ocasião é comemorada sempre na primeira sexta do mês de agosto.

Com o crescimento do mercado cervejeiro no Brasil, principalmente com a produção cada vez maior das cervejas artesanais, a data vem ganhando espaço no calendário nacional dos últimos anos de vários bares e casas de festas.

Segundo pesquisa do Euromonitor International feito em junho, a cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no Brasil, com mais de 12 milhões de litros/ano. A quantidade equivale a cerca de 1.250 caixas d’água de volume médio.

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O mestre-cervejeiro da Cervejaria Ambev, Leon Mass, listou algumas curiosidades sobre a bebida:

  • Mesmo antes de se tornar ingrediente cervejeiro, na Idade Média, o lúpulo já era famoso por suas propriedades medicinais. Um uso tradicional da planta é colocar as flores secas no enchimento do travesseiro – o efeito relaxante proporciona noites de sono tranquilo;
  • O lúpulo, por sinal, é uma canabiácea – planta da mesma família da Cannabis sativa, a maconha;
  • Os antibióticos, as vacinas e toda a medicina moderna devem muito à cerveja. Eles existem porque o cientista francês Louis Pasteur (1822-1895) resolveu estudar a bebida. Foi nessas que ele descobriu a existência de micro-organismos e os relacionou às doenças;
  • A diferença entre cerveja e chope nada tem a ver com a garrafa e o barril. A cerveja é pasteurizada para resistir vários meses engarrafada ou enlatada, enquanto o chope não passa por esse processo, que causa pequenas alterações no sabor – altamente perecível, ele deve ser consumido muito fresco e mantido sob refrigeração;
  • Engana-se quem pensa que o uso de milho é uma novidade criada pela indústria cervejeira para baratear e facilitar a produção. O cereal foi acrescentado à cerveja em meados do século 19, por imigrantes alemães nos Estados Unidos. Eles queriam fazer cerveja pilsen – grande sucesso desde o início –, mas a cevada americana tinha mais proteína do que a europeia. Isso resultava em uma cerveja turva e encorpada, justamente o oposto do que se espera de uma pilsen. O milho, então, entrou para suavizar a fórmula. Estava criada a pilsen moderna;
  • Pilsen é o estilo mais vendido nos países que criaram as quatro grandes escolas cervejeiras: Alemanha, Bélgica, Inglaterra e Estados Unidos. Das marcas mais populares, apenas as alemãs são feitas de puro malte (por exigência legal);
  • No Egito Antigo, os trabalhadores que ergueram as grandes pirâmides eram pagos com cerveja. Sua ração diária era de 5 litros – a cerveja, entretanto, era muito menos alcoólica do que a moderna;
  • Na Idade Média, a cerveja manteve o status de alimento, um dos mais seguros, inclusive, pois era fabricada com higiene rigorosa pelos monges católicos. Na liturgia da Igreja, aliás, a bebida foi incorporada como substituta das comidas sólidas nos períodos de jejum dos clérigos;
  • O café da manhã tradicional da Baviera, na Alemanha, consiste de salsicha branca (weisswurst), pretzel, mostarda escura e um copo (ou mais) de cerveja de trigo – chamada weizenbier ou weissbier;
  • Por falar em weissbier, os nítidos aromas de cravo e de banana dessa cerveja não provêm da adição desses ingredientes. O acetato de isoamila (responsável pelo cheiro de banana) e o 4-vinil guaiacol (o cheiro de cravo) são substâncias formadas durante a fermentação da bebida;
  • Outros aromas “fantasmas” da cerveja são o maracujá, a tangerina e o pêssego – entre outras frutas – presentes em algumas IPAs, em especial as de estilo americano. As responsáveis pela salada de frutas são as variedades de lúpulo adicionadas à bebida;
  • O que a cerveja, o café e o chá têm em comum? os três são bebidas com algum grau de amargor. Os estilos cervejeiros mais amargos, como a IPA, se tronaram populares na esteira do chá e do café – as bebidas da moda na Europa dos séculos 18 e 19.

(Fonte:bhaz)