Correio de Carajás

Delegado conclama testemunhas que viram Artur Lima antes do acidente para depor

O delegado de Polícia Civil, William Crispim, que está à frente do caso que investiga o acidente ocorrido na rodovia BR-222, na chamada “Curva da Morte” entre São Félix e Morada Nova, convoca aqueles que possam ter visto Artur Lima Gonçalves bêbado ou bebendo, antes do acidente, para prestar depoimentos e contribuir com a Justiça. O crime foi agravado pelo falecimento da pequena Maria Valentina Gomes Costa, de seis anos de idade, na manhã desta sexta-feira, dia 22.

Crispim estava de plantão, justamente na manhã desta sexta-feira (22) quando Valentina morreu e informou que um familiar da criança esteve na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para comunicar o fato. “O familiar foi ouvido enquanto testemunha no inquérito policial e, com isso, aguardaremos que as demais vítimas se recuperem para também prestarem seus depoimentos”, disse.

Foi solicitada a necropsia para liberação do corpo de Valentina e a informação de sua morte será levada para dentro dos autos. Consequentemente agravando o crime, já que agora são três mortes consumadas que pesarão no caso de Artur. Mas, apesar disso, não há a possibilidade de uma prisão preventiva, ou seja, ele permanece em liberdade provisória.

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O Delegado Thiago Carneiro, superintendente de Polícia Civil do Sudeste, avalia que apesar de Artur responder ao processo em liberdade, a morte da segunda criança deverá influenciar no processo e, talvez, influenciar na dosimetria da pena, quando o juiz ou juíza for aplicar possível sentença.

A Reportagem do Portal Correio conversou com Lúcio Gomes de Oliveira, avô de Valentina e pai de Wasnor Gomes Neto, que também foi vítima do trágico acidente. Por telefone, ele reforçou o convite para o velório da criança e o cortejo até o Cemitério da Vila Murumuru, às 9 horas da manhã deste sábado (23).

“Pretendemos parar o trânsito, no sentido São Félix a Morada Nova, por pelo menos 30 minutos, para chamar a atenção das autoridades do judiciário, para que a justiça seja feita no caso. Não entendo como podem dar liberdade provisória para uma pessoa que cometeu um crime tão grave”, desabafou Lúcio.

O avô de Valentina também informou que é amigo do pai de Artur, o vereador Márcio do São Félix e não guarda rancores por conta do caso. Porém, gostaria que a justiça fosse feita. “Ele precisa pagar na ‘lei da terra’, pois, perante a Deus ele pagará na ‘lei do céu’. Esse incidente acabou com a minha família e com a da outra vítima”, confidenciou Lúcio.

Sobre Wasnor Neto, que é conhecido como “Zoim”, Lúcio relembra que ele era muito querido pela população de Morada Nova, sem inimizades e era seu braço direito. “Ele era alegre e muito humilde, todos gostavam muito dele. Era tudo para mim”, finalizou. (Zeus Bandeira e Josseli Carvalho)