Correio de Carajás

Compra de última hora para a Sexta Santa pode sair salgada

Apesar disso, a reportagem encontrou estoques abastecidos nas peixarias de Marabá

A julgar pelos estoques que a Reportagem do CORREIO encontrou nesta quarta-feira (13) em vários pontos de venda de peixe em Marabá, não vai faltar pescado para o consumidor ter à mesa neste restante de Semana Santa. Apesar disso, o custo pode sair pesado para o bolso, nesse momento de grande procura pelo produto. Para algumas espécies de pescado, o preço mais atrativo está nos supermercados e não nas peixarias.

Nas peixarias da Folha 28, o movimento ainda era moderado ontem, mas a presença de compradores era constante. A expectativa dos comerciantes é de que nos próximos dois dias o movimento aumente. Quanto aos preços, o valor está mais alto do que em anos anteriores.

“A expectativa tá boa, mas o movimento ainda está fraco. A pandemia prejudicou muito as vendas, mas em comparação ao ano passado está bem melhor”, explicou Edson de Araújo, vendedor de uma das peixarias.

Leia mais:

O peixe símbolo de Marabá, o tucunaré, tem o valor variando entre R$25 e R$35, a depender do peso, sendo que o mais caro tem um porte maior. O tambaqui, outra escolha tradicional dos marabaenses, está beirando os R$16. Na feira do bairro Laranjeiras o custo do mesmo peixe não fica atrás, o valor do tambaqui também gira em torno dos R$16, chegando a R$20 no caso de um comerciante que só vende o peixe sem espinha.

“Aqui eu só trabalho com peixe sem espinha, é o meu diferencial”, informou Gersão do Pescado. Ele demonstrou para a Reportagem sua técnica de retirada das espinhas, tarefa que realizou com rapidez e habilidade.

Gersão do Pescado demonstrou para a Reportagem sua técnica de retirada das espinhas do tambaqui

O CORREIO quis saber, também, a origem do pescado vendido hoje nas peixarias de Marabá, ao que os comerciantes responderam que os estoques estão sendo oriundos de Tucuruí e de alguns criatórios do estado do Maranhão. Pelas feiras é possível perceber a variedade de espécies, o que ocasiona uma variação do custo do peixe para o bolso marabaense.

Para os apreciadores de camarão, os preços não são muito animadores. Variando entre R$50 a R$70 o valor do camarão salgado nas feiras.

Já nos supermercados, um deles localizado na Folha 33, Nova Marabá, o preço do tambaqui está menor do que nas feiras, sendo ofertado a R$13,89. No mercado o preço de uma outra variedade de camarão também está mais baixo, o cinza cozido e congelado está custando em torno de R$35,90. O bacalhau, outra escolha tradicional da população, está mais salgado. Seu quilo está saindo a R$147,90.

O bacalhau é outro produto muito procurado nesta época

O outro mercado, localizado na Folha 31, ainda na Nova Marabá, o tambaqui também está mais barato em relação às feiras, R$13,98 o quilo. O bacalhau, no entanto, tem ofertas que variam entre R$68 e R$145,90, quando é vendido em pacotes e bandejas.

O senhor Edivaldo Cruz, atuante na Colônia Z30, explica que o motivo do aumento no preço é devido a escassez de peixe junto ao fornecedor. Por lá, o quilo do tambaqui está custando R$14 reais.

Tradicionalmente na sexta-feira santa os cristãos não consomem carne vermelha. O peixe então se torna a principal escolha para substituição. Em Marabá, a expectativa dos comerciantes de pescado é que esse ano a venda seja maior do que em 2021. (Luciana Araújo)