Correio de Carajás

Comando de Missões Especiais da PM nega agressões a internos do CIAM

Comando de Missões Especiais da PM nega agressões a internos do CIAM

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (21) o comandante da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME) da Polícia Militar, major Cleiderson Torres da Costa, afirmou que são infundadas as denúncias de agressões cometidas por policiais da corporação contra adolescentes que cumprem medidas sócio educativas no CIAM (Centro de Internação Masculino de Marabá).

“Isso não é verdade porque nós encaminhamos um relatório ao Ministério Público, cumprindo com uma recomendação do próprio MP. E nós não entramos em nenhuma casa penal ou de medida socioeducativa sem uma ordem escrita. Todos os meses nós fazemos revistas no CIAM e havia uma solicitação do MP para que fizéssemos duas vezes por mês, mas não há necessidade porque lá não há problemas de rebelião, animosidade ou de entrada de objetos proibidos”, esclareceu.

Também participaram da coletiva de imprensa, na sede do Comando de Missões Especiais em Marabá, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, cabo Jordânio Morais, e os advogados da entidade, Romeu Cabral e Breno Ribeiro.

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A coletiva de imprensa foi realizada na sede do Comando de Missões Especiais em Marabá.

Durante a entrevista, o cabo J. Morais, que estava aparentemente irritado, classificou como fake news a denúncia que foi protocolada no Ministério Público do Pará (MPPA), em outubro deste ano. “A gente vê que a intenção é de denegrir a imagem de uma instituição que trabalha para defender o cidadão. Então, a Associação de Cabos e Soldados juntamente com sua assessoria jurídica vai responsabilizar quem publicou essa denúncia, que é mais uma fake news na cidade de Marabá”, afirmou.

ENTENDA O CASO

As denúncias de maus tratos aos internos do CIAM, extorsão de familiares dos adolescentes, corrupção e assédio por parte da gestão foram detalhadas em um documento que foi protocolado no Ministério Público do Pará (MPPA) em outubro deste ano.

A Reportagem do Correio de Carajás teve acesso a cópias da denúncia e publicou uma matéria na última segunda-feira (18) sobre a situação que estaria acontecendo desde que mudou a gestão do CIAM, em abril deste ano.

Depois que o Grupo Correio tornou pública a denúncia formal feita ao MPPA contra possíveis irregularidades que estariam ocorrendo no CIAM, em Marabá, alguns servidores do órgão estadual resolveram fazer um manifesto em frente à sede do centro no São Félix III. O objetivo da manifestação pública – ocorrida nesta quarta-feira (20) – foi refutar a denúncia. (Fabiane Barbosa)