Correio de Carajás

Monitores do CIAM defendem diretor de acusações

Monitores do CIAM defendem diretor de acusações

Depois que o Grupo Correio tornou pública uma denúncia formal feita ao Ministério Público contra possíveis desmandos que estariam ocorrendo no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM), em Marabá, alguns servidores do órgão estadual resolveram fazer um manifesto em frente à sede do centro no São Félix III. O objetivo da manifestação pública – ocorrida nesta quarta-feira (20) – foi refutar a denúncia.

A reportagem do CORREIO esteve lá e conversou com alguns monitores do órgão. Segundo Jader de Jesus Silva Correia, que é monitor do CIAM, a manifestação desta quarta serviu para mostrar à sociedade local que as denúncias não são verdadeiras.

CIAM de Marabá tem 100 monitores que controlam 80 adolescentes / Foto: Josseli Carvalho

Entra as denúncias estão coação, ameaça e assédio contra servidores, por parte da direção do CIAM, assim como maus tratos a adolescentes internados ali. “São acusações infundadas, são injúrias contra todos os servidores; nós estamos aqui reunidos para isso, para mostrar que todas essas denúncias são inverdades”, afirma.

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Ainda segundo o monitor, o que houve no CIAM nos últimos tempos foram avanços. Como prova disso ele cita a instalação de duas salas de aula climatizadas para garantir aulas do Ensino Médio e Fundamental. O fruto disso, segundo Jader, é que um adolescente interno ali conseguiu entrar na universidade enquanto estava no CIAM e agora que já cumpriu sua medida sócio-educativa se tornou um universitário.

“Nossa missão aqui, como sócio-educadores do CIAM de Marabá, é preparar os jovens, tirar do mundo do crime e transforma-los em cidadãos dignos de respeito e isso a gente só consegue através da educação”, reafirma Jader Silva, acrescentando que há, nesse momento, cursos profissionalizantes sendo aplicados no CIAM para os internos.

Em relação à segurança dos adolescentes e também dos servidores do CIAM, o monitor diz que buscam sempre proteger os adolescentes deles mesmos. E, uma vez decretado pela Justiça que um menor passará determinado tempo no CIAM, ele fica impossibilitado de sair, não existe conivência para fugas. “Isso é contra a ética profissional de nós monitores”, assegura.

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Estão lotados atualmente no CIAM de Marabá nada menos de 100 monitores, divididos em cinco turnos. Eles cuidam de cerca de 80 adolescentes, inclusive esse número era maior, mas foi reduzido recentemente com objetivo de evitar fugas ou quaisquer outros problemas entre os internos.

(Chagas Filho e Josseli Carvalho)