Um estudo realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) constatou que o avanço da imunização contra a Covid-19 no Pará resultou na queda de 45% no número de óbitos de idosos acima de 70 anos. Os dados foram divulgados durante a reunião do Comitê Científico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), na noite desta quinta-feira (17). O Comitê avalia o cenário da pandemia no Pará.
“Nós tivemos, no geral, uma queda de óbitos, mas nos idosos tivemos a vacinação com a primeira e segunda doses. Então, se eles adoeceram não tiveram a mesma gravidade, e com isso, felizmente, não estão ocupando leitos de UTI. Hoje, a maioria dos leitos está sendo ocupada por mais jovens, que ainda não tiveram chance de se vacinar. Quando comparamos os picos da primeira com a segunda onda, a partir da idade de 70 anos, que já tinha recebido a primeira dose, tivemos uma redução acima de 45% de óbitos. Esperamos que o mesmo aconteça daqui pra frente com a ampliação da vacinação das outras idades”, explicou Marcel Botelho, reitor da Ufra.
Internação – O reitor também destacou que a imunização da população diminui a probabilidade de internação, pois em geral não desenvolve a forma grave da doença. “Quando você olha a ocupação de leitos de UTI para a população mais velha, ela caiu muito em relação à primeira onda, quando tivemos essa faixa etária ocupando leitos de UTI, e vindo a óbito”, completou.
Leia mais:Para Rômulo Rodovalho, secretario de Estado de Saúde Pública, o estudo indica que a vacinação foi eficaz entre os idosos, e que os demais públicos precisam continuar com as medidas de segurança. “Na reunião do Comitê pudemos perceber que, no estudo, que leva em consideração a aplicação da vacina, as pessoas com mais idade, a partir dos 60 anos, já não formam mais o público que vem ocupando os leitos da rede estadual. Isso evidencia que vacina é o caminho para vencer a pandemia. Mas também traz um recado para o público abaixo dos 60 anos, que ainda precisa se cuidar e seguir os protocolos. Todos precisam fazer a imunização e se cuidar”, ressaltou. (Bruno Magno CPH/ Agência Pará)