Correio de Carajás

Caso Maura: Toni Vargas investigará morte na Vila Militar

A “Verificação Preliminar de Informações”, que era conduzida pelo delegado William Crispim, sobre a morte de Maura Dubal Martins, passou para as mãos do delegado Toni Rinaldo de Vargas, que instaurou oficialmente nesta quinta-feira (27) o Inquérito Policial Civil para apurar as circunstâncias em que tudo aconteceu.

A mudança de delegados se deve ao fato de o delegado William ter sido deslocado do Departamento de Homicídios para o expediente da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil.

Conforme já amplamente divulgado pela Imprensa local, Maura morreu com um tiro de pistola na cabeça, dentro de sua casa na Vila Militar Castelo Branco, em Marabá, no dia 4 de janeiro deste ano. Inicialmente a morte foi tratada como suicídio, mas o Departamento de Homicídios entrou no caso para esclarecer melhor a situação.

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Em entrevista exclusiva para o CORREIO, o delegado Toni Vargas não usou os termos “suicídio” ou “feminicídio”. Ele disse ter em mãos uma “morte a esclarecer”. “Estamos investigando um fato, que possui um investigado”, resumiu o policial.

Embora tenha elogiado o trabalho do seu antecessor, delegado Toni disse que tem seus próprios métodos para investigar a morte suspeita, de modo que deve pedir novas diligências. Mas deixou claro que não vai revelar se estas diligências serão novos depoimentos ou novos laudos.

O caso

O Boletim de Ocorrência Policial sobre o caso foi registrado pelo esposo de Maura, tenente-coronel Andreos Souza, comandante do Batalhão Logístico de Selva (BLog), em Marabá. Segundo ele, Maura estava no quarto, enquanto os três filhos estavam nos quartos da casa e ele se encontrava na sala, mexendo no celular, quando ouviram um tiro. Maura ainda foi socorrida e morreu em uma clínica particular da cidade.

Dois fatos intrigam a polícia até o momento: a posição do tiro, disparado na parte detrás da cabeça (o que não é muito comum em casos de suicídio); e o fato de não terem sido encontrados resquícios de pólvora nas mãos da vítima, no exame de pólvora combusta feito pelo Instituto Médico Legal (IML).

(Chagas Filho)